4.9.18

Tróade

Terça-feira, 04 de Setembro

Depois do alvoroço (Atos 19:23-41), Paulo decidiu deixar Éfeso. Entretanto, fez um longo desvio através da Macedônia e da Acaia, em vez de ir diretamente para Jerusalém (Atos 20:1-3). Nesta viagem, acompanharam-no representantes de algumas igrejas gentílicas (Atos 20:4).

3. Leia Atos 20:7-12. O que está errado no argumento comum de que estes versículos provam a mudança do Sábado para o domingo?

A paragem de Paulo em Tróade terminou com uma reunião da igreja “no primeiro dia da semana” (Atos 20:7). Eles reuniram-se para “partir o pão”, o que provavelmente se refere à Ceia do Senhor, com ou sem a refeição conjunta muitas vezes associada a ela desde os primórdios da igreja de Jerusalém (Atos 2:42, 46). O facto de não haver menção ao cálice nem a nenhuma oração não anula esta possibilidade. O ponto principal é que este episódio é frequentemente mencionado como prova de que, no tempo de Paulo, pelo menos as igrejas gentílicas já tinham substituído o Sábado pelo domingo como dia de adoração.

Entretanto, antes de fazer esta alegação, é necessário estabelecer o dia preciso em que aconteceu a reunião, bem como a natureza dela. A referência ao uso das lâmpadas (Atos 20:8), juntamente com o facto de que a mensagem de Paulo continuou até à meia-noite (Atos 20:7), e depois até ao amanhecer (Atos 20:11), bem como o sono profundo de Êutico (Atos 20:9), deixam claro que foi uma reunião noturna.

A questão, porém, é se ela aconteceu na noite anterior ao domingo (Sábado à noite) ou na noite posterior ao domingo (domingo à noite). A resposta depende do sistema de cálculo de tempo utilizado por Lucas: o judaico, de pôr do sol a pôr do sol, ou o romano, de meia-noite a meia-noite. Se foi o primeiro, então era Sábado à noite; no caso do segundo, era domingo à noite.

De qualquer maneira, o contexto de Atos 20:7-12 indica que, mesmo tendo acontecido num domingo à noite, esta não era uma reunião regular da igreja, mas um encontro especial por causa de Paulo partir na manhã seguinte. É difícil ver, portanto, como este episódio isolado e excepcional poderia apoiar a guarda do domingo. O facto é que não o faz.

Reflita sobre as razões para a validade da guarda do Sábado. Como o poderoso amparo bíblico ao Sábado confirma a nossa identidade como Adventistas do Sétimo Dia e o nosso chamado para espalhar as três mensagens angélicas?