25.9.18

Em Malta

Terça-feira, 25 de Setembro

Só quando chegaram à costa, é que os sobreviventes descobriram que estavam em Malta, uma pequena ilha no centro do Mediterrâneo, ao sul da Sicília. Nas duas semanas em que estiveram à deriva no mar, rendidos à força do vento, eles navegaram cerca de 800 quilômetros desde Bons Portos, em Creta. Agora teriam que esperar os três meses de inverno antes de continuar a viagem (Atos 28:11).

4. De acordo com Atos 28:1-10, o que aconteceu com Paulo na ilha de Malta e como conseguiu Deus usá-lo?

O povo de Malta foi hospitaleiro. Diante da chegada de Paulo e do seu grupo fizeram uma fogueira para aquecê-los, já que todos estavam molhados e com frio. A temperatura em Malta nessa época do ano não ultrapassaria os 10 °C.

O incidente da cobra atraiu a atenção do povo para Paulo. A princípio, os pagãos entenderam o facto de que ele tinha sido picado por uma cobra como um ato de retribuição divina. Eles pensavam que Paulo era um criminoso que tinha conseguido escapar da morte por afogamento, mas que ainda assim tinha sido apanhado pelos deuses, ou talvez pela deusa grega Dikê, a personificação da justiça e da vingança. Visto que Paulo não morreu, ele foi aclamado como deus, conforme tinha acontecido em Listra vários anos antes (Atos 14:8-18). Embora Lucas não se demore na descrição do episódio, é seguro presumir que Paulo aproveitou a situação para testemunhar do Deus a quem servia.

Públio era o procurador romano de Malta ou apenas um dignitário local, mas ele acolheu Paulo e os seus companheiros durante três dias, até que encontrassem um lugar para ficar. A cura do pai desse homem deu a Paulo a oportunidade de se dedicar a um ministério de cura entre os malteses.

No relato de Lucas, não há menção de um único converso ou uma única congregação deixada pelo apóstolo quando partiu de Malta. Essa omissão pode ser inteiramente ocasional, mas ilustra o facto de que a nossa missão no mundo vai além de batismos ou plantio de igrejas; ela também envolve o cuidado desinteressado para com as pessoas e as suas necessidades. Este é o aspecto prático do evangelho (Atos 20:35; compare com Tito 3:14).

É impressionante que estes habitantes da ilha pouco instruídos tivessem um sentido de justiça divina. Em última análise, de onde vinha essa consciência? (Veja Romanos 1:18-20).