Como Pilatos, séculos antes, permitiu que o orgulho e a popularidade fechassem o seu coração contra o Redentor do mundo; como o timorato Félix ordenou ao mensageiro da verdade: “Por agora vai-te, e em tendo oportunidade te chamarei”; como o orgulhoso Agripa confessou: “Por pouco me queres persuadir a que me faça cristão!” (Atos 24:25; 26:28) e no entanto desviou-se da mensagem enviada pelo Céu – assim Carlos V, cedendo às sugestões do orgulho e política mundanos, decidiu-se a rejeitar a luz da verdade (O Grande Conflito, p. 164).
Ouvi-o [Paulo] na corte de Festo, quando o rei Agripa, convencido da verdade do evangelho, exclamou: “Por pouco me queres persuadir a que me faça cristão!” (Atos 26:28). Com que gentil cortesia, apontando para as suas próprias cadeias, Paulo respondeu: “Peço a Deus que faça com que, por pouco ou por muito, não apenas o senhor, ó rei, mas todos os que hoje me ouvem venham a ser alguém como eu, mas sem estas correntes” (Atos 26:29, NAA).
Assim transcorreu a sua vida, descrita nas suas próprias palavras, “em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos; em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez” (2 Coríntios 11:26, 27).
Disse mais: “Somos injuriados, e bendizemos; somos perseguidos, e sofremos: somos blasfemados, e rogamos” (1 Coríntios 4:12, 13); “contristados, mas sempre alegres: como pobres, mas enriquecendo a muitos: como nada tendo, e possuindo tudo” (2 Coríntios 6:10; História da Redenção, p. 313).
Há uma prova que está ao alcance de todos – tanto do mais culto, como do mais iletrado – e esta é a da experiência. Deus convida-nos a verificar por nós mesmos a veracidade da Sua Palavra, a fidelidade das Suas promessas. Ele convida-nos: “Provem e vejam que o Senhor é bom” (Salmos 34:8, NAA). Em lugar de confiar nas palavras de outros, devemos provar por nós mesmos. Ele afirma: “Peçam e receberão” (João 16:24). As Suas promessas serão cumpridas. Nunca falharam; isso jamais acontecerá. E à medida que nos aproximamos mais de Jesus, e nos regozijamos na plenitude do Seu amor, as nossas dúvidas e obscuridades hão de desaparecer ante a luz da Sua presença (Caminho a Cristo, p. 111, 112).
Na Sua Palavra, Deus conferiu aos homens o conhecimento necessário à salvação. As Santas Escrituras devem ser aceites como a autorizada e infalível revelação da Sua vontade. Elas são a norma do caráter, o revelador das doutrinas, a pedra de toque da experiência religiosa. “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda a boa obra” (2 Timóteo 3:16, 17; O Grande Conflito, p. 7).