“Paulo declarou que … tinha conhecido a Cristo, não pelo contacto pessoal, mas simplesmente pela concepção que, em comum com outros, tinha nutrido concernente ao caráter e obra do Messias por vir. Tinha rejeitado Jesus de Nazaré, considerando-O um impostor porque Ele não preenchia essa concepção. Mas então a visão que tinha de Cristo e a Sua missão era muito mais espiritual e exaltada; pois tinha sido convertido. O apóstolo afirmou que não lhes apresentava Cristo segundo a carne. Herodes tinha visto Cristo nos dias de Sua humanidade; vira-O Anás; Pilatos, os sacerdotes e príncipes O tinham visto; viram-No os soldados romanos. Mas não O tinham visto com os olhos da fé; não O tinham visto como o Redentor glorificado. Apreender a Cristo pela fé, ter Dele um conhecimento espiritual era mais para desejar que um contato pessoal com Ele como apareceu na Terra. A comunhão com Cristo na qual Paulo então se rejubilava era mais íntima, mais duradoura que um mero e humano companheirismo terrestre.
Ao falar Paulo do que sabia e testificar do que tinha visto, concernente a Jesus de Nazaré como a esperança de Israel, os que honestamente estavam à procura da verdade foram convencidos. Em alguns espíritos, pelo menos, as suas palavras causaram uma impressão que jamais se apagou. Mas outros recusaram-se obstinadamente a aceitar o claro testemunho das Escrituras, mesmo quando lhes era apresentado por alguém que tinha especial iluminação do Espírito Santo. Eles não podiam refutar os seus argumentos, mas recusaram-se a aceitar as suas conclusões.” Atos dos Apóstolos, p. 452, 453
“Deste modo, enquanto aparentemente separado do trabalho ativo, Paulo exerceu uma influência maior e mais duradoura do que se estivesse livre a viajar entre as igrejas como nos anos anteriores. Como prisioneiro do Senhor, ele reteve mais firmemente as afeições dos seus irmãos; e as suas palavras, escritas por quem estava em cadeias por amor de Cristo, impunham maior atenção e respeito do que quando ele estava pessoalmente com eles. Não antes que Paulo fosse deles separado, os irmãos compreenderam quão pesados eram os encargos que ele tinha levado em benefício deles. Até então tinham-se em grande parte escusado de responsabilidade e obrigações, porque sentiam a falta da sua sabedoria, tato e indomável energia; mas então, deixados na sua inexperiência a aprender as lições que eles tinham rejeitado, apreciaram os seus conselhos, advertências e instruções como não tinham considerado o seu trabalho pessoal. E ao aprenderem da sua coragem e fé durante a sua longa prisão, foram incentivados a maior fidelidade e zelo na causa de Cristo.” Atos dos Apóstolos, p. 454
“Todo o que tenha recebido a Cristo é chamado a trabalhar pela salvação dos seus semelhantes. “O Espírito e a esposa dizem: Vem! E quem ouve diga: Vem!” O dever de fazer este convite inclui a igreja toda. Todo o que tenha ouvido o convite, deve fazer ecoar a mensagem pelas colinas e vales, dizendo: “Vem” (Ap 22:17).
É um erro fatal supor que a obra da salvação de pessoas dependa só do ministério. O humilde e consagrado crente sobre quem o Senhor da vinha colocou o encargo das pessoas, deve receber encorajamento daqueles a quem o Senhor deu maiores responsabilidades. Os que ocupam lugar de líderes na igreja de Deus devem sentir que a missão do Salvador é dada a todos os que crerem no Seu nome.” A Fé Pela Qual Eu Vivo [MM 1959], p. 306