16.9.18

Comentários - Sábado à tarde

Comentários de Ellen White: Lição 12 – Detenção em Cesareia – 15 a 22 de Setembro 2018

15 de Setembro 2018 – Introdução

Por ocasião da conversão de Paulo, o Senhor tinha declarado que ele devia ser ministro dos gentios … O anjo que apareceu a Ananias tinha dito de Paulo: “Este é para Mim um vaso escolhido, para levar o Meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel” (Atos 9:15). E o próprio Paulo, posteriormente na sua experiência cristã, quando orava no templo de Jerusalém, foi visitado por um anjo do Céu que lhe ordenou: “Vai, porque hei de enviar-te aos gentios” (Atos 22:21).

Assim o Senhor comissionou Paulo para que entrasse no vasto campo missionário do mundo gentio. Para prepará-lo para esta extensa e difícil tarefa, Deus trouxe-o a uma íntima comunhão Consigo, abrindo-lhe perante a arrebatada visão aspectos da beleza e da glória do Céu. Foi-lhe entregue a missão de tornar conhecido “o mistério” que esteve oculto “desde tempos eternos” (Romanos 16:25) … “o qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito aos Seus santos apóstolos e profetas; a saber, que os gentios são co-herdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho; do qual”, declarou Paulo, “fui feito ministro” (Atos dos Apóstolos, p. 159, 160).

A graça de Deus sustinha Paulo na sua prisão, habilitando-o a regozijar-se na tribulação. Com fé e segurança ele escreveu a seus irmãos filipenses que a sua prisão tinha redundado no progresso do evangelho. “Quero, irmãos, que saibais”, escreveu, “que as coisas que me aconteceram contribuíram para maior proveito do evangelho. …

Há uma lição para nós nesta experiência de Paulo; pois ela revela a maneira de Deus operar. O Senhor pode tirar vitória daquilo que para nós poderá parecer confusão e revés. Estamos em perigo de nos esquecermos de Deus, de olhar para as coisas que se veem, em vez de contemplar pelos olhos da fé, as que se não veem. Quando sobrevém uma desventura ou calamidade, estamos prontos a acusar Deus de negligência ou crueldade. Se Lhe parece próprio eliminar a nossa utilidade nalgum sentido, entristecemo-nos, não nos detendo para pensar que assim Deus pode estar a agir para o nosso bem. Precisamos aprender que a correção é uma parte do Seu grande plano, e que sob a vara da aflição o cristão pode algumas vezes fazer mais pelo Mestre que quando empenhado em serviço ativo (Atos dos Apóstolos, p. 480, 481).

Não é a vontade de Deus que o Seu povo ande vergado ao peso dos cuidados. Entretanto, o Salvador não nos engana. Não nos diz: “Não temam; a tua estrada é livre de perigos.” Ele sabe que há provações e perigos, e é sincero conosco. Não Se propõe a tirar o Seu povo dum mundo de males e pecados, mas indica-nos infalível refúgio. … “No mundo”, diz Ele, “tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” (João 16:33; Caminho a Cristo, p. 122, 123).