Segunda-feira, 17 de Setembro
Depois de manter Paulo na prisão durante dois anos, apenas para ganhar o favor dos judeus, Félix foi substituído por Pórcio Festo no governo da Judeia (Atos 24:27). Festo governou de 60 a 62 d.C.
2. Leia Atos 25:1-5. Como revela este episódio o ódio que a pregação da verdade pode causar naqueles que não desejam crer nela?
Provavelmente pelo facto de já terem falhado uma vez na tentativa de convencer Félix das acusações contra Paulo, os líderes judaicos não quiseram arriscar novamente. No que parece ter sido a primeira visita de Festo a Jerusalém, eles solicitaram, como favor, uma mudança de jurisdição, pedindo-lhe que lhes entregasse Paulo, para que ele pudesse ser julgado pelo Sinédrio de acordo com a lei judaica.
O pedido, porém, era apenas um disfarce para esconder a verdadeira intenção daqueles líderes: matar Paulo. Embora Festo estivesse disposto a reabrir o caso, ele declarou que a audiência ocorreria em Cesareia, não em Jerusalém, o que significava que Paulo seria julgado pela lei romana.
Assim que Festo voltou para Cesareia, ele convocou o tribunal, e os adversários de Paulo começaram a apresentar as acusações contra o apóstolo (Atos 25:7). Desta vez, Lucas não relata as acusações, mas com base na resposta de Paulo (Atos 25:8), podemos ver que elas eram semelhantes àquelas apresentadas dois anos antes, talvez com a ênfase adicional de que, por ser um agitador, Paulo também representava uma ameaça para o império.
3. Leia Atos 25:9-12. Ao perceber que Festo poderia usá-lo por razões políticas, como reagiu Paulo?
Festo não se mostrou diferente de Félix em relação às suas estratégias políticas (Atos 24:27). Não desejando perder o apoio dos judeus tão cedo ao declarar que Paulo era inocente, ele pensou em atender o pedido dos líderes judaicos: permitir que o apóstolo fosse julgado pelo Sinédrio em Jerusalém.
Isto, contudo, era inaceitável para Paulo, que sabia que não seria tratado com justiça em Jerusalém e que estaria entregue aos caprichos dos seus inimigos. Então, valendo-se das suas prerrogativas romanas, insistiu que tinha o direito de ser julgado por um tribunal romano e, sem ver outra alternativa, resolveu apelar para a mais alta instância da justiça romana, que era o próprio imperador.