25.9.18

O Naufrágio – Comentário

“Leia acerca daquela cena no mar, quando, aos soldados e marinheiros atirados dum lado para o outro pela tempestade, exaustos pelo trabalho, vigília e longo jejum, Paulo, como prisioneiro, a caminho para o seu julgamento e execução, falou aquelas grandiosas palavras de ânimo e esperança: ‘Mas agora vos admoesto a que tenhais bom ânimo, porque não se perderá a vida de nenhum de vós, mas somente o navio. Porque esta mesma noite o anjo de Deus, de quem eu sou, e a quem sirvo, esteve comigo, Dizendo: Paulo, não temas; importa que sejas apresentado a César, e eis que Deus te deu todos quantos navegam contigo.’ (Atos 27:22-24). Com fé nessa promessa, Paulo afirmou a seus companheiros: ‘porque nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer de vós.’ (Atos 27:34). Assim aconteceu. Porque havia naquele navio um homem através do qual Deus podia operar, todos aqueles soldados e marinheiros gentios foram preservados. ‘Todos chegaram à terra, a salvo’” Atos 27:44; Educação, p. 256

“Paulo e os outros prisioneiros estavam então ameaçados por um perigo maior que o naufrágio. Os soldados viram que, enquanto estivessem a tentar alcançar a terra, seria impossível para eles vigiar os prisioneiros. Cada homem teria que fazer todo o possível para se salvar. Entretanto, se algum dos prisioneiros faltasse, o responsável por ele perderia a vida. Por isso os soldados desejavam matar todos os prisioneiros. A lei romana sancionava esta cruel prática, e o plano teria sido imediatamente executado, não fosse aquele a quem todos muito deviam. Júlio, o centurião, sabia que Paulo tinha sido o instrumento para salvar a vida de todos a bordo. E, além disso, convencido de que o Senhor estava com ele, temeu fazer-lhe mal. Portanto, ‘mandou que os que pudessem nadar se lançassem primeiro ao mar, e se salvassem em terra; e os demais, uns em tábuas e outros em coisas do navio. E assim aconteceu que todos chegaram à terra, a salvo’ (Atos 27:43, 44). Quando se verificou a lista, não faltava nenhum.” Atos dos Apóstolos, p. 445

“Deus fará grandes coisas por aqueles que Nele confiam. A razão pela qual o Seu povo professo não tem maior força, é que confia tanto na sua própria sabedoria, e não dá ao Senhor oportunidade para revelar o Seu poder em favor dele. Ele auxiliará os Seus filhos crentes em toda a emergência, se Nele puserem toda a confiança, e fielmente Lhe obedecerem.” Patriarcas e Profetas, p. 493

“Ânimo, fortaleza, fé e implícita confiança no poder de Deus para salvar, não nos vêm num instante. Estas graças celestiais são adquiridas pela experiência dos anos. … Quando esses primitivos cristãos foram exilados para as montanhas e desertos; quando abandonados em masmorras para morrer de fome, de frio, ou pela tortura; quando o martírio parecia ser o único caminho para saírem da sua angústia, regozijaram-se de que fossem considerados dignos de sofrer por amor de Cristo, que por eles foi crucificado. O digno exemplo deles será um conforto e ânimo para o povo de Deus, que passará por um tempo de angústia como nunca houve.” Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 213