15.1.21

O Sinal De Um Filho

Quarta-feira, 13 de Janeiro


A oferta de um sinal, “embaixo, nas profundezas, ou em cima, nas alturas” (Isaías 7:11) não persuadiu Acaz. Por isso, quando Deus declarou que Ele mesmo ia apresentar um sinal (Isaías 7:14), a nossa expectativa é que este sinal tivesse dimensões impressionantes (Isaías 55:9; 1 Coríntios 2:9). Surpresa! O sinal era um filho. Mas como podia o facto de uma jovem ter um filho e chamá-lo “Emanuel” ser um sinal de proporções bíblicas?

7. Quem é a mulher e o seu filho?

O Antigo Testamento não mostra o cumprimento deste sinal, como indicam sinais dados a outras pessoas, como Gideão (Juízes 6:36-40). Aqui estão algumas interpretações possíveis, com base no Antigo Testamento:

1- Como a palavra “virgem” se refere a uma mulher em idade de casar, muitos pressupõem que ela fosse casada e vivesse em Jerusalém, talvez a esposa de Isaías. O capítulo 8:3 registra o nascimento de um filho do profeta com uma “profetisa” (a sua esposa, cujas mensagens proféticas tratavam, pelo menos, dos seus filhos; compare com Isaías 7:3; 8:18). No entanto, este filho foi chamado de “Maer-Salal-Hás-Baz” (Isaías 8:1-4), não Emanuel. Os sinais dos dois meninos são semelhantes, pois, antes de chegarem à fase em que podiam escolher o bem ou o mal, a Síria e Israel seriam devastados (Isaías 7:16; 8:4).

2- Alguns sugerem que Emanuel seja Ezequias, filho de Acaz, que o sucedeu no trono. Mas em nenhuma parte o nome Emanuel se aplica a Ezequias.

3- Emanuel, traduzido normalmente como “Deus connosco”, refere-se à presença de Deus. Ele poria ser o Filho especial profetizado em Isaías 9 e 11. Se este for o caso, a Sua sublime descrição como divino (Isaías 9:6) e “raiz de Jessé” (Isaías 11:10) supera tudo o que for atribuído até ao bom rei Ezequias.

4- Um parto de uma mulher em idade de se casar traria um filho ilegítimo, fruto da promiscuidade (Deuteronómio 22:20, 21). Porque Se referiria Deus a tal filho como sinal para inspirar fé?

Jesus é identificado como Emanuel (Mateus 1:21-23), nascido milagrosamente de uma virgem solteira, mas comprometida. Ele é o Filho divino (Isaías 9:6; Mateus 3:17), o “rebento” e a “raiz” de Jessé (Isaías 11:1, 10; Apocalipse 22:16). Talvez um “Emanuel” anterior, cujo desenvolvimento provasse a Acaz a pontualidade da profecia, servisse como precursor de Cristo. “Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher” (Gálatas 4:4), para nos dar a Sua presença.

A vinda de Cristo à humanidade conforta-nos neste mundo frio, temível e indiferente?