“Em espírito de mansidão […] vai ter com o que está em falta, e “repreende-o entre ti e ele só” (Mateus 18:15). Não o exponhas à vergonha, contando a sua falta aos outros, nem desonres a Cristo tornando público o pecado ou o erro de uma pessoa que Lhe usa o nome. Muitas vezes, a verdade deve ser francamente dita ao que está em erro. Ele deve ser levado a ver esse erro, para que se emende. Mas não te compete julgar nem condenar. Não faças tentativas de justificação própria. Sejam todos os teus esforços no sentido de o restabelecer. Exige o mais delicado tato, a mais fina sensibilidade, o tratamento das feridas da alma. Unicamente o amor emanado da Vítima do Calvário pode aí ser eficaz. […]
Ao procurarmos corrigir os erros de um irmão, o Espírito de Cristo nos levará a resguardá-lo quanto possível até da crítica dos próprios irmãos, quanto mais de censura do mundo incrédulo. Nós mesmos somos falíveis, e necessitamos da piedade e do perdão de Cristo, e da mesma forma que desejamos que Ele nos trate, pede-nos que nos tratemos uns aos outros.” O Desejado de Todas as Nações, p. 440, 441
“Simão foi tocado pela bondade de Jesus em não o repreender abertamente diante dos hóspedes. Não foi tratado como desejava que Maria o fosse. Viu que Jesus não desejava expor a sua culpa diante dos outros, mas buscava, por uma exata exposição do facto, convencer-lhe o espírito e por piedosa bondade vencer-lhe o coração. Uma severa acusação teria endurecido Simão contra o arrependimento, mas a paciente admoestação convenceu-o do seu erro. Viu a magnitude do débito que tinha para com o seu Senhor. O seu orgulho humilhou-se, ele arrependeu-se, e o altivo fariseu tornou-se um humilde e abnegado discípulo.” O Desejado de Todas as Nações, p. 567, 568
“A dracma perdida destina-se a representar o pecador errante, extraviado. O cuidado da mulher para achar a moeda perdida destina-se a ensinar aos seguidores de Cristo uma lição quanto ao seu dever para com os errantes que andam extraviados do caminho reto. A mulher acendeu a candeia a fim de aumentar a luz, e depois varreu a casa, e procurou diligentemente até encontrá-la.
Aqui se define claramente o dever dos cristãos para com os que necessitam auxílio por se desviarem de Deus. Os que erram não devem ser deixados em trevas e no erro, mas cumpre empregar todos os meios possíveis para trazê-los novamente para a luz. Acende-se a luz; e, com fervorosa oração para que a luz celeste vá ao encontro daqueles que se acham circundados de trevas e incredulidade, examina-se a Palavra de Deus em busca dos claros pontos da verdade, para que os cristãos fiquem por tal modo fortalecidos com argumentos da Sagrada Escritura, com as suas reprovações, ameaças e estímulos, que os desviados sejam alcançados. A indiferença ou a negligência atrairá o desagrado de Deus.” Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 99, 100