“Marcos… propôs a Paulo e a Barnabé acompanhá-los na sua viagem missionária. Ele sentia o favor de Deus no seu coração, e almejava devotar-se inteiramente à obra do ministério evangélico. […]
O seu caminho era penoso; encontraram dificuldades e privações, e estavam cercados de perigos por todos os lados. […] Mas Paulo e Barnabé tinham aprendido a confiar no poder libertador de Deus. […]
Marcos, dominado por temor e desânimo, hesitou por um momento no seu propósito de consagrar-se de todo o coração à obra do Senhor. Pouco habituado a sacrifícios, desanimaram-no os perigos e privações do caminho. […] Devia aprender ainda a enfrentar valorosamente os perigos, perseguições e adversidades. À medida que os apóstolos avançavam, encontrando dificuldades cada vez maiores, Marcos intimidou-se e, perdendo todo o ânimo, recusou-se a prosseguir, retornando a Jerusalém.
Esta deserção fez com que Paulo julgasse Marcos por algum tempo desfavoravelmente; severamente mesmo.” Vidas que Falam [MM 1971], p. 352
“Entre os assistentes de Paulo em Roma, havia muitos dos seus anteriores companheiros e coobreiros. […] Demas e Marcos também estavam com ele. […]
Desde os primeiros anos da sua profissão de fé, a experiência cristã de Marcos tinha-se aprofundado. Ao estudar mais acuradamente a vida e a morte de Cristo, ele obteve mais clara visão da missão do Salvador, as Suas provas e conflitos. Lendo nas cicatrizes das mãos e pés de Cristo as marcas do Seu serviço pela humanidade, e até aonde leva a abnegação para salvar os perdidos e prestes a perecer, Marcos dispôs-se a seguir o Mestre na senda do sacrifício. Então, compartilhando a sorte de Paulo, o prisioneiro, ele compreendeu mais do que nunca, que é infinito lucro ganhar a Cristo, e infinita perda ganhar o mundo e perder a alma por cuja redenção o sangue de Cristo foi derramado. Em face de severa adversidade e prova, Marcos continuou firme, um sábio e amado auxiliar do apóstolo.” Atos dos Apóstolos, p. 454, 455
“Se os nossos irmãos erram, devemos perdoar-lhes. Quando nos procuram com confissão, não devemos dizer: Não creio que são bastante humildes. Não creio que sintam a confissão. […]
Nós mesmos devemos tudo à livre graça de Deus. A graça do concerto é que prescreveu a nossa adoção. A graça do Salvador efetua a nossa redenção, regeneração e exaltação a co-herdeiros de Cristo. Que esta graça seja revelada a outros!
Nada pode justificar o espírito irreconciliável. Aquele que não é misericordioso para com os outros, mostra não ser participante da graça perdoadora de Deus. No perdão de Deus, o coração do perdido é atraído ao grande coração do Infinito Amor. A torrente da compaixão divina derrama-se no espírito do pecador e, dele, na de outros. A benignidade e misericórdia que em Sua própria vida preciosa Cristo revelou, serão vistas também naqueles que se tornam participantes da Sua graça.” Parábolas de Jesus, p. 249-251