Quarta-feira, 10 de Fevereiro
De acordo com os registos de Senaqueribe, ele tomou quarenta e seis cidades fortificadas, sitiou Jerusalém e fez de Ezequias, o judeu, “um prisioneiro em Jerusalém; e este era, na sua residência real, como um pássaro numa gaiola” (Editado por James B. Pritchard, Ancient Near Eastern Texts Relating to the Old Testament; Princeton University Press, 1969, p. 288). Contudo, apesar de ser inclinado à propaganda como uma extensão do seu imenso ego, não há textos nem quadros que afirmem que ele tivesse tomado Jerusalém. Esta omissão é incrível, dado o implacável poder de Senaqueribe e o facto de Ezequias ter liderado uma revolta contra ele. Os que se rebelavam contra a Assíria tinham expectativa de vida curta e mortes terríveis.
Mesmo que não tivéssemos a Bíblia, devíamos admitir que deve ter ocorrido um milagre. O facto de Senaqueribe ter revestido as paredes do seu “Palácio Sem Rival” com figuras esculpidas que descreviam o seu cerco bem-sucedido a Laquis, parece ter ocorrido devido à sua necessidade de manter as aparências. Mas, se não fosse pela graça de Deus, estas figuras teriam mostrado Jerusalém! Senaqueribe não contou o resto da história, mas a Bíblia o faz.
9. Qual é o resto da história? (Isaías 37:21-37).
Em resposta à oração de fé de Ezequias, Deus enviou-lhe uma mensagem de segurança para Judá e de fúria contra o rei assírio, que tinha afrontado o Rei dos reis (Isaías 37:23). Deus cumpriu rapidamente a Sua promessa de defender Jerusalém (2 Reis 19:35-37; 2 Crónicas 32:21, 22; Isaías 37:36-38).
Uma grande crise exigiu um grande milagre. O número de mortos foi alto: 185 mil. Portanto, Senaqueribe não teve escolha senão voltar para casa, onde encontrou a própria morte (compare com a profecia de Isaías 37:7-38).
“O Deus dos hebreus tinha prevalecido sobre a orgulhosa Assíria. A honra de Jeová foi vindicada aos olhos das nações vizinhas. Em Jerusalém, o coração do povo estava cheio de santa alegria” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 361). Além disso, se Senaqueribe tivesse conquistado Jerusalém, ele teria deportado a população de tal maneira que Judá teria perdido a sua identidade, como ocorreu com o Israel do Norte. Portanto, de uma perspectiva, não haveria povo judeu de quem o Messias pudesse nascer. A história deles teria terminado ali. Mas Deus manteve a esperança viva.
Como responderia à seguinte pergunta: Foi justo que aqueles soldados assírios morressem em massa desta maneira? De que modo entende esta ação do Senhor?