Quarta-feira, 03 de Fevereiro
Em Isaías 14, há uma combinação de um insulto contra Satanás, a caída “estrela da manhã”, o “filho da alva” (Isaías 14:12), e um insulto contra o rei de Babilónia. Porquê? Compare com Apocalipse 12:1-9, em que um dragão identificado como Satanás (Apocalipse 12:9) tenta destruir uma criança assim que ela nasce. Em Apocalipse 12:5, a criança é Cristo. Mas foi o rei Herodes que tentou matar Jesus quando Ele era bebé (Mateus 2). Portanto, o dragão é Satanás e também o poder romano representado por Herodes, pois Satanás usa agentes humanos. Satanás também era o poder por trás do rei de Babilónia e do príncipe de Tiro.
4. Porque é que “Babilónia” se refere posteriormente a Roma (1 Pedro 5:13) e a um poder maligno no livro do Apocalipse (Apocalipse 14:8; 16:19; 17:5; 18:2, 10, 21)?
Tal como a Babilónia literal, Roma e a “Babilónia” de Apocalipse são poderes orgulhosos e cruéis que oprimem os fiéis. Em Apocalipse 17:6, a Babilónia espiritual está “embriagada com o sangue dos santos”. Estes poderes rebelam-se contra Deus, uma ideia implícita no próprio nome “Babilónia”. Na língua babilónica, o nome é bab ili, que significa: “a porta dos deus(es)”, referindo-se ao local de acesso ao reino divino. Compare com Génesis 11, em que as pessoas construíram a torre de Babel (Babilónia) para que, por seu próprio poder, subissem ao nível divino de imunidade, sem terem que prestar contas a Deus.
Ao acordar do sonho em que viu a escada que ligava a Terra e o Céu, Jacó disse: “Este não é outro lugar senão a Casa de Deus; e esta é a porta dos Céus” (Génesis 28:17). A “Casa de Deus” é “a porta dos Céus”; isto é, o caminho de acesso ao reino divino. Jacó chamou àquele lugar “Betel”, que significa “Casa de Deus”.
A “porta dos Céus” em Betel e a “porta dos deus(es)” em Babilónia eram maneiras opostas de alcançar o reino divino. A escada de Jacó se originava no Céu, e foi revelada de cima por Deus. Mas Babilónia, com as suas torres e templos zigurates, foi construída por homens a partir da Terra. Estas maneiras opostas representam caminhos contrastantes para a salvação: graça iniciada por Deus em contraste com obras humanas. Toda a religião verdadeira tem por base o humilde modelo de Betel: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé” (Efésios 2:8, 9). Toda a “religião” falsa, incluindo o legalismo e o humanismo “secular”, está apoiada no orgulhoso modelo de Babilónia. Para contrastar as duas abordagens, veja a parábola de Jesus sobre o fariseu e o publicano (Lucas 18:9-14).
Depois de passar alguns anos num mosteiro, o compositor Leonard Cohen disse : “Eu não estou salvo”. Qual era o problema dele? O que precisava ele conhecer sobre a salvação?