6.8.19

Opressores religiosos

Terça-feira, 06 de Agosto 

Durante os melhores momentos dos reinos de Israel e de Judá, o povo voltou ao templo e à adoração a Deus, ainda que, mesmo nessas ocasiões, a sua adoração fosse muitas vezes “mesclada” com os avanços da idolatria e das religiões das nações circunvizinhas. Mas, de acordo com os profetas, até mesmo as suas melhores tentativas de se dedicarem à religião não foram suficientes para os afastar dos males cometidos na terra no seu cotidiano. E não importava quanto se esforçassem para ser religiosos através dos seus rituais de adoração, a música dos seus hinos não podia abafar os gritos dos pobres e oprimidos. 

Amós descreveu o povo da sua época como pessoas que tinham “gana contra o necessitado e” destruíam “os miseráveis da terra” (Amós 8:4). Ele via o desejo do povo de terminar os seus rituais para que pudessem reabrir o mercado e voltar ao seu comércio desonesto, em que compravam “os pobres por dinheiro e os necessitados por um par de sandálias” (Amós 8:6). 

3. Leia Isaías 1:10-17; Amós 5:21-24; Miqueias 6:6-8. O que disse o Senhor a estas pessoas religiosas acerca dos seus rituais? 

Através dos Seus profetas, Deus usou uma linguagem forte para ridicularizar a religião e a adoração incoerentes e em contraste com o sofrimento e a opressão daqueles que os rodeavam. Em Amós 5:21-24, Deus diz que Ele “aborrece”, “despreza” e não tem prazer na adoração deles. As suas reuniões foram descritas como assembleias que não exalam bom cheiro (Amós 5:21), e as suas ofertas e músicas foram consideradas menos do que inúteis. 

Em Miqueias 6, vemos uma série de sugestões cada vez mais infladas, até mesmo zombeteiras, de como eles podiam adorar a Deus de maneira mais adequada. De modo escarnecedor, o profeta deu a sugestão de oferecer holocaustos, em seguida aumentou a oferta para “milhares de carneiros”, com “dez mil ribeiros de azeite” (Miqueias 6:7), antes de chegar ao terrível, mas não desconhecido, extremo de sugerir o sacrifício do seu primogênito para ganhar o favor e o perdão de Deus. 

No fim, porém, o que o Senhor realmente desejava era que eles praticassem a justiça, amassem a misericórdia e andassem humildemente com o seu Deus (Miqueias 6:8). 

Já se sentiu culpado por estar mais preocupado com formas religiosas e rituais do que em ajudar os necessitados ao seu redor? O que aprendeu com essa experiência?