Quinta-feira, 08 de Agosto
Quando Jesus foi confrontado por alguns líderes religiosos da Sua época, que O criticaram por comer com “pecadores”, Ele citou o profeta Oseias, ordenando que eles voltassem aos seus livros e descobrissem o que Deus realmente quis dizer quando declarou: “Misericórdia quero e não holocaustos” (Mateus 9:13, citando Oseias 6:6).
Como veremos, Jesus teve uma vida de cuidado e serviço. O Seu relacionamento com os outros, os Seus milagres de cura e muitas das Suas parábolas demonstraram e enfatizaram que viver desta maneira é a melhor forma de expressar verdadeira devoção a Deus. Os líderes religiosos foram os Seus maiores críticos, mas também foram o alvo das Suas críticas mais severas. Como os religiosos da época de Isaías, eles acreditavam que asseguravam o seu relacionamento especial com Deus por causa das suas práticas religiosas, enquanto exploravam os pobres e ignoravam os necessitados. A sua adoração estava em desacordo com as suas ações, e Jesus não foi discreto ao condenar esta hipocrisia.
5. Leia Marcos 12:38-40. O comentário de Jesus de que eles devoravam “as casas das viúvas” parece não “caber” nesta lista ou era esta a ideia que Jesus estava a tentar defender? Porque sofreriam estas pessoas “juízo muito mais severo”?
Talvez o sermão mais assustador de Jesus, especialmente para os religiosos, seja aquele que se encontra em Mateus 23. Cristo não descreveu apenas a religião deles como algo que não ajudava os desfavorecidos, mas considerou esta forma de culto um acréscimo aos fardos destes religiosos. Por suas ações ou, às vezes, pela omissão e falta de cuidado, Jesus disse que eles fechavam “o reino dos Céus diante dos homens” (Mateus 23:13).
Mas, ao ecoar os profetas dos séculos anteriores, Jesus também tratou diretamente da discrepância entre as sérias práticas destes religiosos e as injustiças que eles toleravam e das quais tiravam proveito. “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!” (Mateus 23:23). Jesus acrescentou que as práticas e observâncias religiosas não são erradas em si mesmas, mas não devem tomar o lugar do tratamento justo para com as outras pessoas.
Como podemos evitar a armadilha de pensar que o conhecimento da verdade seja suficiente?