“Quando, posteriormente, os fariseus O interrogaram acerca da legalidade do divórcio, Jesus apontou a Seus ouvintes a antiga instituição do casamento, segundo foi ordenada na criação. “Moisés”, disse Ele, “por causa da dureza do vosso coração, vos permitiu repudiar vossa mulher; mas, no princípio, não foi assim” (Mt 19:8). Ele lhes chamou a atenção para os abençoados dias do Éden, quando Deus declarou tudo “muito bom” (Génesis 1:31). Então tiveram origem o casamento e o sábado, instituições gêmeas para a glória de Deus no benefício da humanidade. Então, ao unir o Criador as mãos do santo par em matrimônio, dizendo: Um homem “deixará […] o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Génesis 2:24), enunciou a lei do matrimônio para todos os filhos de Adão, até ao fim do tempo. […] Jesus veio a nosso mundo para retificar erros e restaurar a imagem moral de Deus no homem. Sentimentos errôneos a respeito do casamento haviam-se estabelecido na mente dos mestres de Israel. Eles estavam tornando de nenhum efeito a sagrada instituição do casamento. O homem estava-se tornando tão endurecido que pela mais trivial desculpa podia separar-se de sua esposa, ou, se preferisse, podia separá-la dos filhos e mandá-la embora. […] Cristo veio para corrigir esses males.” O Lar Adventista, p. 340, 341
“Enquanto a mulher falava com Jesus, foi impressionada por Suas palavras. Nunca ouvira esses sentimentos expressos por parte dos sacerdotes de seu povo ou dos judeus. Ao ser-lhe exposta sua vida passada, tinha se tornado cônscia de sua grande necessidade. Havia percebido a sede de sua alma que as águas do poço de Sicar jamais poderiam saciar. Coisa alguma de tudo com que estivera em contato até então, a tinha despertado para mais elevada necessidade. Jesus a tinha convencido de que lia os segredos de sua vida; sentiu, entretanto, que Ele era seu amigo, compadecendo-Se dela e amando-a. Se bem que a própria pureza que Dele emanava lhe condenasse o pecado, não proferia palavra alguma de acusação, mas tinha falado de Sua graça, que lhe podia renovar a mente.” O Desejado de Todas as Nações, p. 189
“Em Seu ato de perdoar a essa mulher e animá-la a viver vida melhor, resplandece na beleza da perfeita Justiça o caráter de Jesus. Conquanto não use de paliativos com o pecado, nem diminua o sentimento da culpa, procure não condenar, mas salvar. O mundo não tinha senão desprezo e zombaria para essa transviada mulher; mas Jesus profere palavras de conforto e esperança. O Inocente Se compadece da fraqueza da pecadora, e estende-lhe a mão pronta a ajudar. […] Os que são mais prontos a acusar a outros, e zelosos em os levar à justiça, são frequentemente em sua própria vida mais culpados que eles. Os homens aborrecem o pecador, ao passo que amam o pecado. Cristo aborrece o pecado, mas ama o pecador. Será esse o espírito de todos quantos O seguem. O amor cristão é tardio em censurar, pronto a perceber o arrependimento, pronto a perdoar, a animar, a pôr o transviado na vereda da santidade e a nela firmar-lhe os pés.” O Desejado de Todas as Nações, p. 462