12.4.19

Escolhendo uma Profissão - Comentários

“Era desígnio de Deus que o homem encontrasse felicidade no emprego de cuidar das coisas que Ele tinha criado, e que as Suas necessidades fossem satisfeitas com os frutos das árvores do jardim.

Foi dado a Adão o trabalho de cuidar do jardim. O Criador sabia que Adão não podia ser feliz sem ocupação. A beleza do jardim deleitava-o, porém isto não bastava. Ele precisava de trabalho a fim de pôr em exercício os admiráveis órgãos do corpo. Houvesse a felicidade consistido em não fazer coisa alguma, o homem, no seu estado de santa inocência, teria sido deixado sem ocupação. Porém, Aquele que criou o homem sabia o que seria para a sua felicidade; e tão depressa o tinha criado, deu-lhe a obra que lhe era designada. A promessa de glória futura, e o decreto de que o homem precisa labutar pelo pão de cada dia, vieram do mesmo trono.” O Lar Adventista, p. 27

“Necessitamos neste país de escolas para educar as crianças e os jovens, para que sejam senhores do trabalho e não escravos dele. […] Repare o trabalhador no benefício que pode obter na ocupação mais humilde, fazendo uso da capacidade que Deus lhe deu. Deste modo pode tornar-se um educador, ensinando a outros a arte de trabalhar inteligentemente. Pode compreender o que significa amar a Deus com o coração, a alma, a mente e a força. As faculdades físicas devem ser postas em atividade por amor a Deus. O Senhor quer a força física, e podem revelar o seu amor para com Ele pelo devido emprego das suas energias físicas, fazendo precisamente o trabalho que necessita ser feito. Para com Deus não há acepção de pessoas. […]

Há no mundo grande quantidade de trabalho penoso e cansativo a ser efetuado, e aquele que trabalha sem pôr em ação as faculdades da mente, do coração e da alma, dadas por Deus, e que só emprega a força física, torna o trabalho uma carga fatigante. Há homens com mente, coração e alma que consideram o trabalho algo enfadonho, e se entregam a ele com resignada ignorância, labutando sem pensar, sem pôr à prova as aptidões mentais para fazer melhor o trabalho.

Há ciência na espécie mais humilde de trabalho, e se todos o considerassem desta maneira, veriam nobreza no trabalho. Deve-se pôr o coração e a alma em qualquer espécie de trabalho; então haverá alegria e eficiência. […] Há honra em qualquer espécie de trabalho cuja execução seja essencial. Faça-se da lei de Deus a norma de ação, e ela enobrecerá e santificará todo trabalho. A fidelidade no desempenho de todo dever enobrece a obra e revela um caráter que Deus pode aprovar.” Fundamentos da Educação Cristã, p. 314, 315

“Por sua própria amarga experiência, Salomão conheceu o vazio de uma vida que busca nas coisas terrenas o seu mais elevado bem. Ele construiu altares aos deuses pagãos, apenas para verificar quão vã é a sua promessa de repouso para o espírito. Pensamentos sombrios e importunos perturbavam-no dia e noite. Não havia mais para ele qualquer alegria de vida ou paz de mente, e o futuro se mostrava enegrecido com desespero.

Contudo, o Senhor não o desamparou. Por mensagens de reprovação e severos juízos, Ele procurou despertar o rei para a constatação de sua conduta pecaminosa. […]

Despertado como de um sonho por esta sentença de juízo pronunciada contra si e a sua casa, com a consciência ativada, Salomão começou a ver a sua estultícia na sua verdadeira luz. Afligido em espírito, com a mente e corpo debilitados, ele se voltou fatigado e sedento das rotas cisternas terrenas, para beber uma vez mais da Fonte da vida. […] Ele jamais poderia esperar escapar dos ruinosos resultados do pecado; jamais poderia libertar a sua mente de toda lembrança da conduta indulgente para consigo mesmo que tinha seguido; mas se empenharia com fervor em dissuadir outros de ir atrás dos desvarios.” Vidas Que Falam [MM 1971], p. 196