Sarah Sanders: “Deus quis Donald Trump como Presidente”
Numa ampla entrevista exclusiva com a CBN News, a secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders, diz que Deus queria que Donald Trump se tornasse presidente dos Estados Unidos.
“Acho que Deus chama todos nós para ocupar cargos diferentes em diferentes momentos e acho que Ele queria que Donald Trump se tornasse presidente”, disse Sanders ao analista político David Brody, da CBN News, e à correspondente sénior de Washington, Jennifer Wishon. “É por isso que ele [Trump] está lá e acho que ele fez um tremendo trabalho em apoiar muitas das coisas com que as pessoas de fé realmente se importam”, continuou Sanders.
A secretária apontou ainda para a maioria conservadora no Supremo Tribunal, dizendo que os evangélicos têm-se mantido ao lado do “presidente mais conservador que já tivemos”, porque ele não deixa de cumprir as suas promessas. Ela disse: “Basta olhar para as nomeações judiciais – acho que um dos maiores legados que o presidente terá após os seus oito anos no cargo será como ele reformulou completamente o judiciário e começou a parar este tribunal ativista que nós começamos a ver nos últimos oito anos.”
Finalmente, Sanders, que é filha de um pastor batista, ex-pré-candidato à presidência dos EUA, não hesita em apontar a nota mais marcante em meio a tudo isto: “Há uma razão pela qual os evangélicos estão com o presidente, e isso acontece porque ele cumpriu todas as coisas que ele disse que faria.” (Com informações de CBN News)
Nota: já em diversas ocasiões anteriores tivemos oportunidade de destacar o apoio evangélico que, decisivamente, conduziu Trump até à presidência, apoio esse que, estou convencido, reside não tanto na figura de Trump em si mesmo, mas na ruptura que, tendo a paciência consumida, a classe religiosa quis fazer com o estado vigente em 2016.
Neste cenário, os evangélicos olham, literalmente, para Trump como um Ciro moderno que lhes trará a libertação de um jugo que, consequentemente, os transporte para as últimas cenas da História que, acreditam, serão de conquista por parte do mundo cristão sobre os inimigos do mesmo.
É por esta e por outras razões que a presidência Trump é mais do que uma questão exclusivamente política – o fator religioso/cristão está, claramente, em cima da mesa de toda essa política. E sabemos que todo o eleito raramente se esquecerá de atender às exigências de quem o elegeu e, no caso concreto, pode voltar a eleger.
Publicado em O Tempo Final por Filipe Reis.