9.8.21

Preparar O Terreno

Segunda-feira, 09 de Agosto


José tinha perdoado os seus irmãos. Não sabemos quando é que isto aconteceu, mas foi antes que eles aparecessem no Egito. José provavelmente nunca teria prosperado no Egito se não os tivesse perdoado, pois, possivelmente, a ira e a amargura teriam consumido o seu coração e prejudicado a sua relação com o Senhor. Estudos a respeito de sobreviventes de tragédias infligidas por outras pessoas destacam que, para as vítimas dos sofrimentos, o perdão foi essencial na cura e reconstrução da vida. Sem o perdão, continuamos vítimas. O perdão tem mais a ver connosco do que com a pessoa que nos prejudicou.

Embora José tivesse perdoado os seus irmãos, ele não estava disposto a permitir que os relacionamentos familiares fossem retomados a partir de onde ele os tinha deixado; isto é, no poço seco em Dotã. Ele tinha que ver se alguma coisa tinha mudado.

3. O que ouviu José dos seus irmãos? O que descobriu ele sobre eles? Leia Génesis 42:21-24.

A comunicação acontecia através de um intérprete e, portanto, os irmãos de José não sabiam que ele os podia entender. José ouviu a confissão dos seus irmãos. Eles tinham pensado que, ao se livrarem de José, estariam livres dos relatórios que este dava ao pai. Pensaram que não teriam que aturar os sonhos dele nem vê-lo regozijar-se como favorito do pai. Mas, em vez de encontrarem descanso, tinham sido atormentados pela consciência culpada durante todos aqueles anos. As suas próprias más acções tinham-os levado à inquietação e a um medo paralisante da vingança de Deus. José sentiu pena pelo sofrimento deles. Ele chorou por seus irmãos.

José sabia que a fome ainda duraria vários anos, então insistiu que eles trouxessem Benjamim com eles na próxima vez que viessem comprar mantimentos (Génesis 42:20). Além disso, ele também manteve Simeão como refém (Génesis 42:24).

Ao perceber que Benjamim ainda vivia, ele organizou um banquete, em que mostrou favoritismo para com Benjamim (Génesis 43:34) para ver se o antigo ciúme ainda existia. Os irmãos não demonstraram ciúme, mas José conhecia a astúcia deles, pois tinham enganado uma cidade inteira (Génesis 34:13), e imaginava que tinham mentido ao pai sobre o seu destino (Génesis 37:31-34). Por isso, José planeou mais uma importante prova (Génesis 44).

O que sentiu José sobre o perdão dado aos irmãos, e o que nos ensina isto? (Génesis 45:1-15).