14.8.21

Descanso Depois Do Perdão

Quinta-feira, 12 de Agosto


A família de José tinha finalmente chegado ao Egito. Não havia mais segredos sombrios na família. Os irmãos dele devem ter admitido que tinham vendido José quando explicaram ao pai que o filho que ele pensava estar morto era agora o primeiro-ministro do Egito. Embora nem sempre seja possível ou sábio restaurar relacionamentos, isso não significa que não possamos perdoar. É difícil abraçar o ofensor e chorar com ele, mas talvez desejemos expressar perdão verbalmente ou por uma carta. Chega a hora de abandonar a dor o máximo que pudermos. Talvez permaneça certa dor, mas pelo menos estaremos no caminho da cura.

7. Leia Génesis 50:15-21. Qual era a preocupação dos irmãos de José, e porquê? O que revelava esse medo sobre eles mesmos?

Os irmãos de José estavam a morar no Egito há 17 anos (Génesis 47:28), mas, quando Jacó morreu, eles ficaram com medo de que José se vingasse. Perceberam mais uma vez quanto tinham ferido José. No entanto, José reafirmou o seu perdão depois da morte do pai. Este lembrete provavelmente foi bom para José, assim como para os seus irmãos.

Se a ferida for profunda, provavelmente tenhamos que perdoar muitas vezes. Quando as lembranças do erro vierem à mente, precisamos orar a Deus e escolher perdoar outra vez.

8. Como é que Génesis 50:20 explica, pelo menos parcialmente, a disposição de José de perdoar o pecado dos seus irmãos contra ele?

José acreditava firmemente que a sua vida era parte do plano de Deus para ajudar a salvar da fome o mundo daquela época e, posteriormente, ajudar a sua família a cumprir a promessa de Deus de se tornar uma grande nação. Saber que Deus tinha prevalecido sobre os planos malignos dos seus irmãos para fazer o bem ajudou José a perdoar.

A história de José teve um final feliz. Porém, quando o final de uma história não é tão feliz, o que podemos dizer? Com o fim do pecado e do grande conflito, quando os problemas forem resolvidos, esta história terá um final feliz? Esta esperança ajuda-nos a lidar com tragédias?

Sexta-feira, 13 de Agosto

Estudo Adicional

“Assim como José foi vendido aos gentios por seus próprios irmãos, Cristo foi vendido aos piores de Seus inimigos por um de Seus discípulos. José foi acusado falsamente e lançado na prisão por causa de sua virtude; assim também Cristo foi desprezado e rejeitado porque Sua vida justa e abnegada era uma repreensão ao pecado; e, embora não tivesse nenhuma culpa, foi condenado pelo depoimento de testemunhas falsas. A paciência e humildade de José sob a injustiça e a opressão, sua disposição em perdoar e a nobreza de sua generosidade para com seus irmãos desnaturados representam o resignado sofrimento do Salvador, pela maldade e maus-tratos de homens ímpios, e Seu perdão não somente aos Seus assassinos, mas a todos os que vão a Ele confessando seus pecados.” Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 239, 240

“Nada pode justificar o espírito irreconciliável. Aquele que não é misericordioso para com os outros mostra não ser participante da graça perdoadora do Senhor Deus. No perdão de Deus, o coração do perdido é atraído ao grande coração do Infinito Amor. A torrente da compaixão divina se derrama no espírito do pecador e, dele, no de outros. A benignidade e misericórdia que em Sua própria vida preciosa Cristo revelou serão vistas também naqueles que se tornam participantes de Sua graça.” Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 251

Perguntas para consideração:

1. Alguém disse certa vez: “Não perdoar é como beber um veneno e esperar que a outra pessoa morra”. O que significa esta afirmação?

2. Qual foi o propósito dos planos de José antes de ele se revelar aos irmãos? Qual foi o resultado?

3. O mordomo de José deve ter participado dos planos em relação aos irmãos de José (Génesis 44:1-12). Como é que a experiência do perdão impacta aqueles que são apenas observadores?

4. “Deus nunca dirige Seus filhos de maneira diferente daquela pela qual eles mesmos prefeririam ser guiados, se pudessem ver o fim desde o início e perceber a glória do plano que estão realizando como Seus colaboradores” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 224, 225). Esta verdade ajuda-nos a superar as provações e lutas da vida?