Terça-feira, 10 de Agosto
O perdão é a disposição de abandonar o direito ao ressentimento, condenação e vingança em relação a um ofensor ou a um grupo que age de maneira injusta. A Dra. Marilyn Armour, terapeuta familiar que trabalhou com sobreviventes do Holocausto para descobrir o que esses sobreviventes fizeram para dar sentido ao que lhes tinha acontecido, escreveu: “Toda a ideia de perdão é um acto intencional da vítima. Não é algo que acontece simplesmente”. O perdão não significa a ausência de consequências nem deixar o agressor continuar com os comportamentos abusivos, mas significa entregar a Deus o ressentimento e o desejo de vingança. De contrário, ira, amargura, ressentimento e ódio tornarão pior o que a pessoa nos fez.
4. O que faz por nós o nosso acto de perdoar os outros? Considere Mateus 18:21-35.
Um dos segredos para aprender a perdoar é entender do que fomos perdoados em Cristo. Todos pecamos, não só contra outras pessoas, mas também contra Deus.
Todo o pecado é, cometido contra o Criador. No entanto, em Jesus, podemos reivindicar o perdão completo por todos os pecados, mesmo sem merecermos, por causa da graça de Deus para connosco. Quando compreendemos esta verdade, quando fazemos deste perdão o nosso, quando experimentamos a realidade do perdão de Deus, abandonamos a mágoa e perdoamos os outros. Não perdoamos porque os outros mereçam, mas porque é o que recebemos de Deus e o que precisamos fazer. Além disso, quantas vezes é que merecemos o perdão?
Como vimos, José também ofereceu uma segunda oportunidade às relações familiares. Não havia ressentimentos ali; ele não se voltou às coisas que tinham acontecido no passado.
É difícil recomeçar numa família em que as pessoas se especializam em descobrir a melhor maneira de ferir os outros. José não reagiu assim. Ele queria deixar o passado para trás e seguir com amor. Se ele tivesse agido de maneira diferente, esta história teria tido outro final, e não tão feliz.
“Bem-aventurados aqueles cujas transgressões são perdoadas, e cujos pecados são cobertos; bem-aventurado aquele a quem o Senhor jamais atribuir pecado” (Romanos 4:7, 8). O que recebemos de Jesus? Isso afecta o nosso relacionamento com os que nos feriram?
