Quarta-feira, 07 de Julho
Intercessor
7. Que oportunidade ofereceu Deus a Moisés diante da rebelião? Números 14:11, 12
Deus ofereceu-Se para destruir os israelitas e fazer, a partir de Moisés, uma nova nação.
8. Como reagiu Moisés a esta completa rebelião, levantada não simplesmente contra ele, mas contra Deus? Números 14:13-19
É neste momento que vemos o verdadeiro homem de Deus. A resposta de Moisés, congelada no tempo, antecipava o Intercessor que, mais de 1.400 anos depois, rogaria pelos Seus discípulos nas suas aflições (João 17). De facto, muitos teólogos e estudiosos da Bíblia viram nesta acção de Moisés um exemplo do que Cristo faz por nós. A culpa do povo, que é a nossa culpa, nem foi questionada. No entanto, Moisés implorou, dizendo: “segundo a grandeza da tua benignidade” (Números 14:19), por favor, perdoa estas pessoas. Tal como o Senhor fez naquela ocasião por causa da intercessão de Moisés, Ele faz por nós por causa de Jesus, pela Sua morte, ressurreição e intercessão por nós.
Portanto, Moisés rogou: “Perdoa, pois, a iniquidade deste povo, segundo a grandeza da tua benignidade e como também perdoaste a este povo desde a terra do Egito até aqui” (Números 14:19). A graça combate a rebelião e a inquietação na sua essência. O perdão oferece novos começos.
No entanto, existem custos. A graça nunca pode ser barata. Embora perdoado, o povo enfrentaria as consequências da sua rebelião, e aquela geração não entraria na terra prometida (Números 14:20-23).
Deus os sustentaria mais 38 anos no deserto. Ele os alimentaria. Falaria com eles do santuário. Estaria ao lado deles no deserto. Mas eles morreriam, e uma nova geração teria que tomar o bastão e encontrar descanso na terra prometida.
Parece juízo; no entanto, é graça. Como seria aquela geração capaz de conquistar as poderosas cidades-estados de Canaã se ainda não tinham aprendido a confiar no Senhor? Como seriam uma luz para as nações quando eles mesmos tropeçavam na escuridão?
Que lições difíceis aprendeu sobre as consequências do pecado perdoado?
Quinta-feira, 08 de Julho
Fé Versus Presunção
9. Que semelhanças vê nas peregrinações de Israel pelo deserto e a experiência do povo de Deus a viver pouco antes da segunda vinda de Jesus? 1 Coríntios 10:1-11
Ao longo da história, o povo de Deus tem vagado pelo deserto em busca da terra prometida. Este deserto tem muitas faces. No momento, parece uma enxurrada de informação sem fim, bipes constantes de mensagens que chegam e o profundo zunido de entretenimento interminável. Este deserto tenta vender-nos pornografia como amor e materialismo como resposta aos nossos problemas. Se pudéssemos estar um pouco mais em forma, ser um pouco mais jovens, um pouco mais ricos, um pouco mais sensuais – isso resolveria todos os nossos problemas.
Como os israelitas, estamos inquietos na nossa busca pela paz, e com frequência procuramos nos lugares errados.
10. Como reagiram os israelitas ao juízo de Deus em Números 14:39-45?
A reacção de Israel ao juízo divino foi típica. “…havemos pecado.”, disseram eles. “Eis-nos aqui e subiremos ao lugar que o Senhor tem dito” (Números 14:40).
O compromisso sem convicção é como uma vacina mal administrada – não funciona. Hoje, os médicos recomendam a vacinação contra a hepatite B logo após o nascimento, nas primeiras 24 horas de vida. Este é um bom começo. No entanto, após a primeira injeção, se não houver duas ou três doses de reforço administradas no momento certo e na dosagem correcta, não haverá nenhuma proteção contra a hepatite B.
A reviravolta rebelde de Israel, relatada nos últimos versos de Números 14, resultou em morte e decepção, já que os israelitas se recusavam a aceitar as novas instruções de Deus e obstinadamente lançaram um ataque sem a arca da aliança e sem a liderança de Moisés.
A presunção é cara, pois leva à morte. Às vezes, a presunção é alimentada pelo medo. Em virtude de temermos algo, tomamos decisões das quais nos arrependemos mais tarde.
Pense numa ocasião em que agiu pela fé e numa situação em que agiu com base na presunção. Qual foi a diferença crucial?
Sexta-feira, 09 de Julho
Estudo Adicional
“Agora pareciam arrepender-se sinceramente de sua conduta pecaminosa; mas entristeciam-se por causa do resultado de seu mau caminho, em vez de o ser pela intuição de sua ingratidão e desobediência. Quando viram que o Senhor não Se abrandava na execução de Seu decreto, surgiu de novo sua voluntariosidade, e declararam que não voltariam ao deserto. Ordenando-lhes que se retirassem da terra de seus inimigos, Deus pusera à prova a sua aparente submissão, e demonstrara que a mesma não era real. Sabiam ter pecado gravemente consentindo em que seus sentimentos temerários os dominassem, e procurando matar os espias que insistiam com eles para que obedecessem a Deus; mas apenas estavam aterrorizados por achar que tinham cometido um erro terrível, cujas consequências se lhes mostrariam desastrosas. Seu coração não estava mudado, e tão-somente necessitavam de um pretexto para darem lugar a outra rebelião semelhante. Este se apresentou quando Moisés, pela autoridade de Deus, lhes ordenou voltarem ao deserto.” Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 282
“Mas a fé não é de maneira nenhuma aliada à presunção. Somente o que tem verdadeira fé está garantido contra a presunção. Pois presunção é a falsificação da fé, operada por Satanás. A fé reclama as promessas de Deus, e produz frutos de obediência. A presunção também reclama as promessas, mas serve-se delas como fez Satanás, para desculpar a transgressão. A fé teria levado nossos primeiros pais a confiar no amor de Deus, e obedecer-Lhe aos mandamentos. A presunção os levou a transgredir-Lhe a lei, crendo que Seu grande amor os salvaria da consequência de seu pecado. Não é ter fé pretender o favor do Céu, sem cumprir as condições sob as quais é concedida a misericórdia. A fé genuína baseia-se nas promessas e providências das Escrituras.” Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 79
Perguntas para consideração:
1. Porque teria sido a conquista de Canaã no primeiro momento um acto de fé e depois, quando os israelitas a atacaram, foi vista como acto presunçoso? A questão era a motivação?
2. Embora o pecado possa ser perdoado, convivemos com as consequências dele. Como podemos ajudar os que lutam com a culpa de pecados que ainda os afectam, bem como aos seus queridos?