Terça-feira, 13 de Julho
Estudar a última semana do ministério de Jesus antes da Sua morte é uma fonte de inspiração. Vemos ali que a inquietação e a ambição levam as pessoas a fazer e dizer coisas imprudentes.
4. Leia Lucas 22:14-30. O que sentiu Jesus ao ouvir os discípulos a discutir naquela solene refeição sobre quem deveria ser considerado o maior (Lucas 22:24)? Porque perderam os discípulos o foco daquela ocasião e se concentraram na grandeza humana?
Raramente discutimos sobre quem é o melhor na igreja, família ou local de trabalho. Podemos até pensar muito sobre isso, mas quem fala abertamente sobre este assunto?
Aquela não tinha sido a primeira vez que esta questão tinha sido levantada na comunidade de seguidores de Jesus. Mateus 18:1 relata que os discípulos trouxeram esta pergunta a Jesus e a formularam de maneira mais abstracta: “Quem é o maior no Reino dos Céus?” A resposta de Cristo envolveu uma lição prática. Depois de chamar uma criança, Ele colocou-a no centro do grupo. As pessoas arregalaram os olhos e levantaram as sobrancelhas. A acção de Jesus exigia uma explicação, e em Mateus 18:3 o Mestre também ofereceu esta explicação: “Em verdade vos digo: se não se converterem e não se tornarem como crianças, de maneira nenhuma entrarão no Reino dos Céus”.
A conversão é fundamental para encontrarmos o descanso em Cristo. Precisamos de ajuda externa. De repente, percebemos que não podemos depender de nós mesmos, mas precisamos confiar em Jesus. Vivemos uma transformação dos nossos valores e ambições. Jesus disse: “Confiem em Mim e dependam de Mim como esta criança. A verdadeira grandeza é abrir mão dos seus direitos e abraçar os valores do reino.”
Os discípulos ainda não tinham aprendido esta lição quando Jesus realizou a última ceia. As suas disputas e rivalidades arruinaram um momento de comunhão que jamais se repetiria.
Isto aconteceu depois de os discípulos estarem com Jesus durante anos, ministrando com Ele e aprendendo aos Seus pés. Que triste exemplo de como o coração humano é corrupto! Contudo, no aspecto positivo, pense na graça do Senhor. Apesar desta discussão patética, Jesus não desistiu deles.
Olhar para a cruz é o remédio contra o desejo de exaltação própria, do qual somos vítimas?
Quarta-feira, 14 de Julho
Um hipócrita é um fingidor, que deseja parecer ser alguém que não é. O termo é usado sete vezes em Mateus 23 no discurso em que Jesus humilhou os escribas e os fariseus, a principal liderança religiosa judaica (Mateus 23:13, 14, 15, 23, 25, 27, 29). Nos evangelhos, Jesus ofereceu graça e perdão aos adúlteros, cobradores de impostos, prostitutas e assassinos, mas Ele demonstrou pouca compaixão pelos hipócritas (Mateus 6:2, 5, 16; Mateus 7:5; Mateus 15:7-9; Mateus 22:18).
5. Quais são as quatro características principais de um hipócrita? Mateus 23:1-13
Jesus associou quatro características aos escribas e fariseus. No âmbito do judaísmo do 1º século d.C., os fariseus representavam os conservadores religiosos. Eles estavam interessados na lei escrita e oral e enfatizavam a pureza ritual. No outro âmbito estavam os saduceus, um grupo de líderes, na sua maioria ricos, associados frequentemente à elite da classe sacerdotal. Eles eram muito helenizados (falavam grego e estavam familiarizados com a filosofia grega) e não acreditavam no juízo nem na ressurreição. Poderíamos descrevê-los como liberais. Ambos os grupos eram culpados de hipocrisia.
De acordo com Jesus, somos hipócritas quando não fazemos o que dizemos, quando tornamos a religião mais difícil para os outros sem aplicar os mesmos padrões a nós mesmos, quando queremos que outros aplaudam o nosso fervor religioso e quando exigimos honra e reconhecimento que pertencem apenas ao Pai celestial.
Jesus proferiu palavras severas e directas, mas o Seu envolvimento com aqueles que Ele chamou de hipócritas foi cheio de amor e preocupação.
“Jesus olhou demoradamente para o templo e, depois, para os ouvintes. No rosto do Filho de Deus, estava estampada a misericórdia divina. Com uma voz agitada por profunda angústia de coração e amargas lágrimas, Ele exclamou: ‘Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis Eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes!’” Mateus 23:37; Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 620
É preciso ser líder religioso para ser culpado da hipocrisia que Jesus tão veementemente condenou neste texto? Vemos hipocrisia em nós mesmos? Como nos podemos livrar dela?