19.3.21

Escola Sabatina, 17-19.03.21


Quarta-feira, 17 de Março

O Ano Aceitável Do Senhor

8. Quem fala em Isaías 61:1?

O Espírito de Deus estava sobre este Ungido, o que significa que Ele era um messias ou o Messias. Ele devia “pregar boas-novas aos mansos”, “restaurar os contritos de coração”, “proclamar liberdade aos cativos e a abertura de prisão aos presos” (Isaías 61:1). A quem se parece referir isto? Compare com Isaías 42:1-7, em que o Servo de Deus é descrito em termos muito semelhantes.

Isaías 61:2 fala sobre o “ano aceitável do Senhor”. O Messias, ungido como Libertador e rei da descendência de Davi, apregoaria um ano especial do favor divino quando apregoasse a liberdade. Compare com Levítico 25:10, em que Deus ordenou que os israelitas proclamassem liberdade no santo quinquagésimo ano: “Ano de Jubileu vos será, e tornareis, cada um à sua possessão, e tornareis, cada um à sua família.”. Isto significava que as pessoas que tinham sido forçadas a vender as terras dos seus ancestrais ou a tornar-se escravas para sobreviver em tempos difíceis (Levítico 25:25-55) recuperariam as suas terras e a sua liberdade. Visto que o ano do jubileu começava com o toque de uma trombeta no Dia da Expiação (Levítico 25:9), mencionamos esta passagem antes, em ligação com Isaías 58.

Embora “o ano aceitável do Senhor” em Isaías 61:2 fosse uma espécie de ano do jubileu, ele não era simplesmente uma observância de Levítico 25. Este ano seria anunciado pelo Messias, o Rei, quando Ele Se revelasse através de um ministério de libertação e restauração. Isto assemelhava-se a alguns reis antigos da Mesopotâmia, que promoviam a bondade social quando proclamavam a desobrigação de dívidas durante os primeiros anos do seu reinado. O ministério do Messias vai muito além do alcance da lei de Levítico 25. Ele não proclamaria apenas “libertação aos cativos”, mas também curaria os quebrantados de coração, consolaria todos os enlutados e promoveria a sua restauração (Isaías 61:1-11). Ademais, além do “ano aceitável do Senhor”, Ele apregoaria “o dia da vingança do nosso Deus” (Isaías 61:2).

9. Quando é que a profecia de Isaías foi cumprida? (Lucas 4:16-21). Como a cumpriu o ministério de Jesus? É evidente que não somos Jesus. Mas devemos representá-Lo ao mundo. Que coisas fez o Messias, conforme expressas em Isaías 61:1-3, que nós, com as nossas capacidades limitadas, devemos fazer também? Como podemos fazer estas coisas de maneira prática?

Quinta-feira, 18 de Março

O Dia da Vingança Do Nosso Deus

10. Entre todas as boas-novas, porque é que o Messias, conforme retratado em Isaías 61, proclama a vingança de Deus? Quando será cumprida esta profecia?

Quando estava em Nazaré, Jesus, o Messias, leu Isaías 61 até ao trecho que diz “apregoar o ano aceitável do Senhor” (Isaías 61:2; Lucas 4:19). Então, Ele parou e disse: “Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos.” (Lucas 4:21). Portanto, de modo deliberado e específico, Ele evitou ler as seguintes palavras do verso: “o dia da vingança do nosso Deus” (Isaías 61:2). Embora o Seu ministério de boas-novas, libertação e consolação estivesse a começar a libertar cativos da tirania de Satanás, o dia da vingança ainda não tinha chegado. Em Mateus 24 (Marcos 13; Lucas 21), Ele profetizou que os juízos divinos viriam no futuro.

Em Isaías 61, o dia da vingança é o “grande e terrível Dia do Senhor” (leia Joel 2:31; Malaquias 4:5), a ser cumprido no regresso de Cristo para libertar a Terra da injustiça ao derrotar os Seus inimigos e libertar o oprimido remanescente do Seu povo (Apocalipse 19; Daniel 2:44, 45). Portanto, embora Cristo tivesse anunciado o início do “ano aceitável do Senhor”, a culminação desse ano está na Sua segunda vinda.

11. Como podemos conciliar a noção de um Deus amoroso com um Deus que promete vingança? Estas ideias são incompatíveis? A vingança pode ser uma manifestação deste amor?

Embora Jesus nos tenha mandado oferecer a outra face (Mateus 5:39), noutra parte das Escrituras Ele deixou claro que a justiça e o castigo serão aplicados (Mateus 8:12). Embora Paulo nos tenha ordenado a não retribuir o “mal por mal” (1 Tessalonicenses 5:15), ele também disse que quando o Senhor Se manifestar no Céu, em “labareda de fogo”, Ele tomará “vingança dos que não conhecem a Deus e [...]não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo” (2 Tessalonicenses 1:8).

Certamente, a diferença é que apenas o Senhor, na Sua infinita sabedoria e misericórdia, pode trazer justiça e vingança de maneira completamente justa. A justiça e a vingança humanas vêm com todas as falhas, fragilidades e incoerências da humanidade. É evidente que a justiça de Deus não terá nenhuma destas limitações.

Teria o desejo de vingança contra uma pessoa que praticasse o mal contra algum desconhecido? E se uma pessoa prejudicasse alguém que ama? Isto ajuda-nos a entender melhor a ligação entre o amor de Deus por nós e as advertências de vingança?

Sexta-feira, 19 de Março

Estudo Adicional

Leia de Ellen G. White: Patriarcas e Profetas, p. 270-272; O Desejado de Todas as Nações, p. 158-163 (Capítulo 24 - “Não é este o filho do carpinteiro?”).

“Jesus Se postou diante do povo como vivo expositor das profecias concernentes a Si próprio. Explicando as palavras que lera, falou do Messias, como de um libertador dos oprimidos e dos cativos, médico dos aflitos, restaurador de vista aos cegos e revelador da luz da verdade ao mundo. Sua maneira impressiva e a maravilhosa significação de Suas palavras arrebataram os ouvintes com um poder nunca antes por eles experimentado. A corrente de influência divina derribou todas as barreiras; viram, qual Moisés, o Invisível. Sendo seu coração movido pelo Espírito Santo, respondiam com fervorosos améns e louvores ao Senhor.” Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 158

“Aproxima-se o dia da vingança de Deus — o dia do furor de Sua ira. Quem suportará o dia de Sua vinda? Os homens têm endurecido o coração contra o Espírito de Deus, mas as setas de Sua ira penetrarão onde as setas da convicção não puderam penetrar. Não demorará muito para que Deus Se levante a fim de entender-Se com o pecador. Irá o falso pastor proteger o transgressor naquele dia? Haverá alguma desculpa para aquele que acompanhou a multidão no caminho da desobediência? A popularidade ou o número farão com que alguém se torne inocente? Os descuidados e indiferentes devem considerar essas questões e resolvê-las por si mesmos.” Ellen G. White, Fé e Obras, p. 29

Pergunta para consideração:

1. Um pastor adventista declarou que o seu principal problema no ministério era a exclusividade dos membros da igreja, que não desejavam que outras pessoas se juntassem a eles. Como podem os “cristãos” levar amor, esperança e boas-novas a todo o mundo (Mateus 24:14) quando eles nem sequer querem aceitar pessoas que se esforçam para ir à sua igreja?

Resumo: Deus purificaria uma sociedade injusta, removendo os rebeldes e restaurando o remanescente que se afastasse dos pecados que o separavam Dele. Devido às bênçãos da presença divina, outros povos seriam atraídos ao Senhor e ao Seu povo, para que também pudessem aproveitar o tempo do favor de Deus, proclamado e concretizado pelo Messias.