19.9.19

Uma Voz Para Os Que Não Têm Voz

Quinta-feira, 19 de Setembro 

Salomão escreveu que há “tempo de estar calado e tempo de falar” (Eclesiastes 3:7). Ele tinha razão. Encontrar o equilíbrio não é simples para ninguém. Mas, quando se trata de defender os oprimidos, de ser uma voz para os que não têm voz e vencer o mal com o bem é possível que tenhamos errado pelo demasiado silêncio quando a nossa voz devia ter sido ouvida. 

Os cristãos muitas vezes falam sobre ser as mãos e os pés de Jesus, referindo-se ao chamado para o serviço prático a favor dos outros, como Jesus deseja que façamos. Mas na função profética demonstrada na Bíblia, o primeiro chamado de Deus é para que homens e mulheres sejam a Sua voz e, ao falarem em Seu nome, que também falem em nome daqueles que Deus deseja defender (veja Salmos 146:6-10). 

5. Leia Isaías 58:1-10. O que nos diz esta mensagem hoje, mensagem dada no seu tempo, lugar e contexto específicos, noutra época, lugar e contexto? O que mudou desde a época em que Isaías a escreveu? 

O apelo dos profetas por justiça nunca foi um caminho para a popularidade. Mas motivados pela ordem de Deus, compreendendo o Seu desejo de justiça, compadecendo-se da condição dos pobres e oprimidos e buscando o melhor para a sociedade, os profetas ousaram ser a voz dos que não tinham voz, apesar da oposição, incômodo e perigo (1 Pedro 3:17). 

Com base na nossa compreensão do evangelho e no chamado para refletir Jesus ao mundo, os Adventistas do Sétimo Dia também têm muitas coisas boas a oferecer em relação ao tratamento do problema do mal no mundo. 

Veja alguns exemplos: “Os adventistas [...] creem que as ações para reduzir a pobreza e as suas injustiças resultantes sejam uma parte importante da responsabilidade social cristã. A Bíblia revela claramente o interesse especial de Deus pelos pobres e as Suas expectativas quanto à maneira como os Seus seguidores devem auxiliar os incapazes de cuidar de si mesmos. Todo o ser humano carrega a imagem de Deus e é destinatário da Sua bênção (Lucas 6:20). Quando trabalhamos com os pobres, seguimos o exemplo e o ensino de Jesus (Mateus 25:35, 36). Como comunidade espiritual, os Adventistas do Sétimo Dia defendem a justiça para os pobres e abrem ‘a boca a favor do mudo’ (Proverbios 31:8) e contra os que ‘[desviam] os pobres do seu direito’ (Isaias 10:2). Agimos de acordo com Deus que mantém ‘o direito do necessitado’” (Salmos 140:12; Declaração Oficial da Igreja Adventista do Sétimo Dia Sobre a Pobreza Mundial, 24 de junho de 2010).