Segunda-feira, 02 de Setembro
As entremeadas histórias de salvação e o grande conflicto convidam-nos a reconhecer uma verdade sobre a vida que é fundamental à nossa compreensão do mundo e de nós mesmos: nós e o nosso mundo somos caídos, arruinados e pecadores. O nosso mundo não é o que foi criado para ser e, embora ainda manifestemos em nós a imagem do Deus que nos criou, somos parte da ruína do mundo. O pecado na nossa vida é da mesma natureza do mal que causa tanta dor, opressão e exploração no mundo todo.
Portanto, é justo sentirmos a dor, o incômodo, a tristeza e a tragédia do mundo e das pessoas ao nosso redor. Teríamos que ser robôs para não sentir o sofrimento da vida na Terra. Os lamentos no livro dos Salmos, o sofrimento de Jeremias e dos outros profetas, e as lágrimas e a compaixão de Jesus demonstram a pertinência desta reação ao mal, especialmente àqueles que são, muitas vezes, feridos por causa das aflições.
3. Leia Mateus 9:36; 14:14; Lucas 19:41, 42, e João 11:35. De acordo com estes versos, o que moveu Jesus à compaixão? Como podemos ter um coração sensível à dor ao nosso redor?
Precisamos lembrar-nos de que o pecado e o mal não estão apenas ao redor nem são apenas o resultado da ruína das outras pessoas: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós” (1 João 1:8). No entendimento dos profetas bíblicos, o pecado era uma tragédia, não só porque alguém quebrou “as regras”, mas porque o pecado rompeu o relacionamento entre Deus e o Seu povo, e porque o nosso pecado fere outras pessoas. Isto pode acontecer em menor ou maior escala, mas é o mesmo mal.
Egoísmo, ganância, mesquinhez, preconceito, ignorância e negligência estão na raiz de todo o mal, de toda a injustiça, pobreza e opressão no mundo. E confessar a nossa pecaminosidade é o primeiro passo para lidar com este mal, bem como o primeiro passo para permitir que o amor de Deus ocupe o seu devido lugar no nosso coração: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça” (1 João 1:9).
Olhe para si. De alguma forma também está arruinado e é parte do problema maior? Qual é a única resposta e o único lugar para onde deve olhar?
