24.5.19

A paternidade e a maternidade como discipulado - Comentários

“Deus chamou Abraão para ensinar a Sua palavra e escolheu-o para ser pai de uma grande nação, porque viu que instruiria os seus filhos e a sua casa nos princípios da lei divina. E o que dava poder ao ensino de Abraão era a influência da sua própria vida. A sua grande casa consistia em mais de mil pessoas, muitas das quais chefes de família, e não poucos recém-conversos do paganismo. Uma casa assim exigia mão firme ao leme. Nenhum método fraco e vacilante seria suficiente. A respeito de Abraão, Deus disse: “Porque eu o tenho conhecido, e sei que ele há de ordenar a seus filhos e à sua casa depois dele” (Génesis 18:19). Contudo, exercia a sua autoridade com tal sabedoria e ternura que conquistava os corações. 

Não menos eficaz será hoje o ensino da Palavra de Deus se encontrar um reflexo assim tão fiel na vida do educador.” Educação, p. 187, 188 

“Pais, se quiserdes a bênção de Deus, fazei como Abraão, reprimi o mal, e incentivai o bem. Pode ser necessário certo comando em lugar de consultar à inclinação e ao prazer dos filhos. 

Consentir, porém, que a criança siga os seus impulsos naturais corresponde a consentir que ela se corrompa e se torne hábil no mal. Os pais prudentes não dirão aos seus filhos: “Sigam o que quiserem; vão aonde quiserem; façam o que quiserem;” antes dirão: “Ouçam a instrução do Senhor”. Devem ser feitas regras e regulamentos sábios, e colocá-los em execução, para que a beleza da vida doméstica não se perverta.” Orientação da Criança, p. 234 

“Eli era um homem bom, puro quanto à moral; mas era demasiado condescendente. Ele incorreu no desagrado de Deus porque não fortaleceu os pontos fracos do seu caráter. Não queria ferir os sentimentos de ninguém e não teve a coragem moral necessária para repreender e reprovar o pecado. Os seus filhos eram homens perversos; contudo, ele não os removeu do seu cargo de confiança. Esses filhos profanaram a casa de Deus. Ele sabia disso e sentia tristeza pelas consequências, pois amava a pureza e a justiça, mas faltava-lhe força moral suficiente para suprimir o mal. Ele amava a paz e a harmonia, e tornou-se cada vez mais insensível quanto à impureza e ao crime. Mas o grande Deus assume a questão nas Suas próprias mãos. […] 

Que lição temos aqui para os pais, os guardiões dos jovens e aqueles que ministram no serviço de Deus. Quando males existentes não são enfrentados e detidos, porque os homens têm pouquíssima coragem de reprovar o erro, ou porque têm pouquíssimo interesse ou são por demais indolentes para exercerem as suas faculdades em despender esforços dedicados para purificar a família ou a igreja de Deus, eles são responsáveis pelo mal que possa resultar em consequência da negligência do seu dever. Somos tão responsáveis por males que podíamos ter reprimido em outros pela reprovação, pela advertência, pelo exercício da autoridade paterna ou pastoral, como se fôssemos nós mesmos culpados desses atos.” Testemunhos Para a Igreja, v. 4, p. 516