8.5.19

Um conhecimento amoroso

Terça-feira, 07 de Maio 

5. Que compromisso com a reciprocidade na vida íntima do casal é apresentado em Cantares 4:7–5:1, à semelhança da instrução de Paulo em 1 Coríntios 7:3-5? 

Salomão convidou-a: “Vem comigo” (Cantares 4:8). A sua noiva correspondeu ao convite. Mais tarde, ela convidou-o: “Que o meu amado entre no seu jardim” (Cantares 4:16). Ele também atendeu ao convite (Cantares 5:1). As Escrituras ensinam nestes textos que não deve haver força nem manipulação neste ambiente íntimo. Ambos os cônjuges entram de maneira voluntária e amorosa neste relacionamento. “O meu jardim” é “o seu jardim”. 

“Salomão” e “Sulamita” partilham nomes derivados da palavra hebraica shalom, que significa “paz” ou “plenitude”. A admiração deles é mútua (Cantares 4:1-5; 5:10-16). O equilíbrio no seu relacionamento é evidenciado até no estilo poético dos versos emparelhados. A expressão da aliança, “o meu amado é meu, e eu sou dele” (Cantares 2:16), ecoa a linguagem do Éden: “Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne” (Génesis 2:23). 

6. Como é a compreensão do nosso relacionamento com Deus enriquecida com a descrição da união conjugal mediante a palavra “conhecer”? Génesis 4:1, 25; 1 Samuel 1:19; Lucas 1:34; João 17:3; 1 Coríntios 8:3. 

A Bíblia usa a palavra “conhecer” para designar a união entre o marido e a esposa. Neste “conhecimento” amoroso, o mais íntimo e oculto do ser é oferecido ao outro. Não apenas dois corpos, mas também dois corações são unidos em “uma só carne”. A palavra “conhecer” também descreve a relação entre os indivíduos e Deus. Para o cristão perspicaz, o conhecimento afetuoso e singular do matrimónio apresenta uma profunda visão do mais sublime e santo mistério de todos os tempos: a união entre Cristo e a igreja.