“Em geral, os conversos judeus não estavam dispostos a mudar à mesma velocidade a que a providência de Deus abria o caminho. Do resultado do trabalho dos apóstolos entre os pagãos, ficou evidente que o número dos conversos gentios seria bem maior que o dos conversos judeus. Os judeus temiam que, se as restrições e cerimónias da sua lei não se tornassem obrigatórias aos não judeus como condição para serem membros da igreja, as peculiaridades da nação judaica, que até então os haviam mantido como um povo distinto de todos os outros povos, acabariam por desaparecer dentre os que recebiam a mensagem do evangelho.” Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 189
“A viver nas imediações do templo, os cristãos judeus tinham, naturalmente, a atenção voltada para os privilégios peculiares dos judeus como nação. Quando viram a igreja cristã a afastar-se das cerimônias e tradições do judaísmo e perceberam que a santidade peculiar que revestia os costumes judaicos seria em breve perdida de vista à luz da nova fé, muitos se indignaram com Paulo, entendendo que ele era a pessoa que, em grande medida, tinha provocado esta mudança. Até mesmo os discípulos não estavam todos preparados para aceitar de boa vontade a decisão do concílio. Alguns eram zelosos com relação à lei cerimonial, e discordavam de Paulo, pois achavam que os seus princípios referentes às obrigações da lei judaica não eram firmes.” Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 197
Perguntas para discussão
1. Como podemos entender o facto de que pertencer à “igreja certa” não garante a salvação? Por exemplo, certamente o antigo Israel era o povo escolhido, mas isso não significa que todos nele foram salvos. Se estar na igreja verdadeira não garante a salvação, então, qual é a vantagem de fazer parte dela?
2. Aceitar gentios incircuncisos na comunidade de fé foi uma das primeiras questões administrativas mais importantes enfrentadas pela igreja primitiva. Existem problemas semelhantes na nossa igreja hoje? Como nos ensina o exemplo de Atos 15 a lidar com eles?
3. Peça que alguns alunos assumam a posição dos judeus que insistiam que os gentios se tornassem prosélitos judeus antes de se unirem à igreja, que era vista (e com razão) como uma extensão das promessas da aliança feitas a Israel. Quais seriam os argumentos deles e como poderia responder? Porque problemas que hoje parecem tão claros poderiam, num momento diferente, ter sido muito mais difíceis do que parecem hoje?