Segunda-feira, 13 de Agosto
De Chipre, Paulo e os seus companheiros embarcaram para Perge, na Panfília, na costa sul da Turquia moderna. Antes de relatar a viagem para Antioquia da Pisídia, Lucas apresenta duas mudanças significativas: Paulo torna-se a figura principal (até este ponto, Barnabé é sempre mencionado primeiro), e Lucas deixa de usar o nome judaico de Paulo (“Saulo”) e começa a referir-se a ele apenas como “Paulo” (Atos 13:9). Esta mudança provavelmente aconteceu porque, a partir de então, Paulo encontrava-se, sobretudo, num ambiente greco-romano.
Em Atos 13:13, Lucas relata que João Marcos voltou para Jerusalém. O texto bíblico não nos diz o motivo da sua deserção. Ellen G. White escreve que, diante do medo e desanimado por causa das dificuldades que os aguardavam, “Marcos intimidava-se e, perdendo todo o ânimo, recusou-se a prosseguir, retornando a Jerusalém” (Atos dos Apóstolos, p. 94). Deus nunca prometeu que seria fácil. Pelo contrário, Paulo sabia desde o início que servir a Jesus envolveria muito sofrimento (Atos 9:16), mas ele aprendeu a depender inteiramente do poder de Deus, e nisto estava o segredo de sua força (2 Coríntios 4:7-10).
2. Leia Atos 13:38. Qual foi a essência da mensagem de Paulo na sinagoga de Antioquia?
O texto de Atos 13:16-41 contém o primeiro sermão de Paulo registrado no Novo Testamento. Com certeza este não foi o primeiro sermão pregado pelo apóstolo, e não há dúvida de que o relato de Lucas consiste apenas num resumo do que Paulo disse.
O sermão é dividido em três partes principais. Paulo começou por falar de crenças em comum a respeito da eleição divina de Israel e do reinado de Davi (Atos 13:17-23); esta parte tinha o objetivo de estabelecer um ponto de contacto com o público judeu. Depois ele apresentou Jesus como o cumprimento das promessas de Deus dum descendente de Davi que traria salvação a Israel (Atos 13:23-37). A parte final é uma advertência contra a rejeição da salvação oferecida por Jesus (Atos 13:38-41).
O clímax do sermão está nos versículos 38 e 39, que contêm a essência da mensagem de Paulo sobre a justificação. Perdão e justificação estão disponíveis apenas através de Jesus, não pela lei de Moisés. Esta passagem não afirma que a lei foi abolida. Apenas destaca a sua incapacidade de fazer o que os judeus esperavam que ela fizesse, a saber, justificar (Romanos 10:1-4). Esta prerrogativa repousa unicamente sobre Jesus Cristo (Gálatas 2:16).
O que significa o facto de que a salvação acontece somente através de Jesus? Como conciliar a necessidade de guardar a lei moral com o facto de que a lei não é capaz de justificar?