24.1.22

Jesus, O Doador Do Descanso - A Terra Como Um Lugar De Descanso - Por Causa Da Incredulidade

Lição 5, 22 a 28 de Janeiro


Sábado à tarde

VERSO ÁUREO: “Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus.” Hebreus 4:9

LEITURAS DA SEMANA: Génesis 15:13-21; Hebreus 3:12-19; 4:6-11; 4:1, 3, 5, 10; Deuteronómio 5:12-15; Hebreus 4:8-11

Os capítulos 1 e 2 de Hebreus enfatizam a entronização de Jesus como Governante e Libertador do povo de Deus. Os capítulos 3 e 4 apresentam-No como Aquele que nos dará descanso. Esta progressão faz sentido ao lembrarmos que a aliança davídica afirmava que Deus daria ao Rei prometido e ao Seu povo “descanso” dos seus inimigos (2 Samuel 7:10, 11). Este descanso está disponível para nós visto que Jesus está sentado à direita de Deus.

Hebreus descreve o descanso tanto como um descanso que pertence a Deus como um descanso sabático (Hebreus 4:1-11). Deus tornou o Seu descanso disponível a Adão e Eva. O primeiro Sábado foi a experiência da perfeição com Aquele que a tornou possível. Deus também promete um descanso sabático, pois a verdadeira observância do Sábado incorpora a promessa divina voltar a trazer essa perfeição.

Quando guardamos o Sábado, recordamos que Deus fez uma provisão perfeita para nós quando criou o mundo e quando o redimiu na cruz. A verdadeira observância do Sábado, entretanto, é mais do que um acto de lembrança; é um antegozo, neste mundo imperfeito, do futuro que Deus prometeu.

Domingo, 23 de Janeiro

1. Leia Génesis 15:13-21. O que prometeu Deus a Abraão?

Quando Deus libertou Israel da escravidão no Egipto, o Seu propósito era trazer Israel para a terra de Canaã, onde eles seriam capazes de O servir e obedecer livremente (Êxodo 8:1; Salmos 105:43-45), incluindo desfrutar do descanso do Sábado que o Faraó tinha proibido (Êxodo 5:5). A terra de Canaã era a herança que Deus tinha prometido ao seu pai Abraão porque ele tinha obedecido à voz de Deus e deixado o seu país para ir para a Terra Prometida (Génesis 11:31-12:4).

O propósito divino ao dar a terra a Israel não era apenas que o povo a possuísse. Deus queria trazer os filhos de Israel para Si mesmo (Êxodo 19:4), pois desejava que vivessem numa terra onde pudessem ter um relacionamento íntimo com Ele, sem nenhum obstáculo, e fossem testemunhas ao mundo do verdadeiro Deus e do que Ele oferecia ao Seu povo. Como o Sábado da criação, a terra de Canaã tornava possível um relacionamento íntimo com o Redentor e permitia que desfrutassem da Sua bondade.

Em Deuteronómio 12:1-14, o Senhor disse aos israelitas que eles iam entrar no descanso, não apenas quando entrassem na terra, mas quando a tivessem purificado da idolatria. Depois disso, o Senhor mostrar-lhes-ia, aos escolhidos, um lugar onde habitaria entre eles.

2. Leia Êxodo 20:8-11 e Deuteronómio 5:12-15. Quais são as duas coisas que o descanso sabático celebra, e como se relacionam?

Deus conectou o sábado da criação com a libertação do Egipto. O Senhor instruiu Israel a observar o Sábado como memorial da criação e da sua redenção do Egipto. A criação e a redenção estão ambas consagradas no mandamento do Sábado. Assim como não nos criamos, não nos podemos redimir. É uma obra que só Deus pode fazer e, no descanso, reconhecemos a nossa dependência Dele, não apenas para a existência, mas para a salvação. A guarda do Sábado é uma expressão poderosa de salvação apenas pela fé na graça amorosa de Deus.

Como é que a guarda do Sábado nos ajuda a entender a nossa total dependência de Deus, não apenas para a existência, mas também para a salvação?

Segunda-feira, 24 de Janeiro

3. Porque é que Israel não entrou no descanso prometido? Hebreus 3:12-19

O facto triste é que os que foram libertados do Egipto não puderam entrar no descanso prometido. Quando Israel chegou a Cades-Barneia, na fronteira da terra prometida, não teve a fé de que precisava. Os capítulos 13 e 14 de Números explicam que os espias israelitas “infamaram a terra que tinham espiado” (Números 13:32). Afirmaram que a terra era boa, mas avisaram que os habitantes eram fortes, as cidades fortificadas, e que não a podiam conquistar.

Josué e Calebe concordaram com a declaração de que a terra era boa e não contestaram o facto de que o seu povo era forte e as cidades fortificadas, mas afirmaram que Deus estava com eles e os levaria para a terra (Números 14:7-9). No entanto, aqueles que viram Deus destruir o Egipto com as pragas (Êxodo 7–12), aniquilar o exército do faraó no Mar Vermelho (Êxodo 14), fornecer pão do Céu (Êxodo 16) e água da rocha (Êxodo 17), e também manifestar a Sua contínua presença e orientação através da nuvem (Êxodo 40:36-38), deixaram de confiar. É uma trágica ironia que a geração que tinha visto tais demonstrações poderosas do poder divino se tenha tornado símbolo de falta de fé (Neemias 9:15-17; Salmos 106:24-26; 1 Coríntios 10:5-10).

Deus promete aos Seus filhos dons além do alcance humano. É por isso que se baseiam na graça e são acessíveis apenas através da fé. Hebreus 4:2 explica que a promessa que Israel recebeu “nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram.”

Israel peregrinou até à fronteira da terra prometida como um povo. Quando confrontado com relatos contraditórios, identificou-se com os incrédulos. A fé, ou a falta dela, é contagiosa. Por isso Hebreus admoesta os seus leitores: “exortai-vos uns aos outros” (Hebreus 3:13), “consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras” (Hebreus 10:24), e “que ninguém se prive da graça de Deus” (Hebreus 12:15).

Continuamos a viajar para a terra prometida como um povo e somos responsáveis pelos que viajam connosco.

As suas palavras e acções ajudam a edificar a fé das pessoas? Pode melhorar nisto?