17.12.21

E.S - 15-17.12.21 - Um Profeta Como Tu - Horrenda Coisa -

Quarta-feira, 15 de Dezembro


Um Profeta Como Tu

O Senhor advertiu Repetidamente Israel a não seguir as práticas das nações vizinhas. Ao contrário, ele devia testemunhar a estas nações (Deuteronómio 4:6-8). Em Deuteronómio 18:9-14, Moisés advertiu-o outra vez sobre práticas específicas que eram “abominação ao Senhor” (Deuteronómio 18:12). Neste contexto, ele disse que os israelitas deviam ser perfeitos “como o Senhor teu Deus” (Deuteronómio 18:13).

5. Leia Deuteronómio 18:15-19. O que disse Moisés? Depois, compare o que ele disse com Atos 3:22 e 7:37. Como é que Pedro e Estêvão aplicam Deuteronómio 18:18?

Em referência à aliança no Sinai, Moisés falou de como os filhos de Israel, na revelação da lei de Deus (Êxodo 20:18-21), queriam que o servo de Deus fosse um mediador, um intercessor entre eles e o Senhor. Então Moisés prometeu-lhes, duas vezes (Deuteronómio 18:15, 18), que o Senhor levantaria um profeta como ele, e que esse profeta, como Moisés, seria, entre outras coisas, também um intercessor entre o povo e o Senhor.

Muitos séculos depois, Pedro e Estêvão citaram o texto em referência a Jesus. Para Pedro, Jesus era o cumprimento do que tinha sido dito pela “boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio.” (Atos 3:21), e os líderes deviam obedecer às Suas palavras. Ou seja, Pedro usou este texto, que os judeus conheciam, e aplicou-o a Jesus, com a ideia de que eles precisavam de se arrepender pelo que Lhe tinham feito (Atos 3:19).

Depois, em Atos 7:37, Estêvão, embora num contexto diferente do de Pedro, também se referiu a esta famosa promessa e afirmou que ela apontava para Jesus. Ele quis dizer que Moisés, no seu papel na história como líder dos judeus, tinha prefigurado Jesus. Tal como Pedro, Estêvão mostrou ao povo que Cristo Jesus era o cumprimento de uma profecia e que eles precisavam ouvi-Lo. Ao contrário da acusação feita pelos judeus contra Estêvão, de que ele estava a dizer “palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus.” (Atos 6:11), o servo de Deus proclamou o Senhor Jesus como Messias, cumprimento directo do que Deus tinha prometido através da profecia de Moisés.

Como é que estes versos nos mostram a centralidade de Jesus em toda a Bíblia, e porque deve todo o nosso entendimento dela ser centrado em Cristo?

Quinta-feira, 16 de Dezembro

Horrenda Coisa

O livro de Hebreus, na sua profundidade e sublimidade, em muitos aspectos, surgiu como uma longa exortação aos crentes judeus. E essa exortação foi: Permaneçam fiéis ao Senhor!

Esta fidelidade, é claro, deve originar-se do nosso amor a Deus, por quem Ele é e pelo Seu carácter e a Sua bondade, mais poderosamente expressos na cruz de Cristo. Às vezes, porém, o ser humano precisa ser lembrado das terríveis consequências da infidelidade. Ou seja, precisamos lembrar que, se não aceitarmos o que Jesus fez por nós ao pagar a dívida pelos nossos pecados, teremos que pagá-la nós mesmos, e isso significa “pranto e ranger de dentes” (Mateus 22:13) seguidos da destruição eterna.

6. Leia Hebreus 10:28-31. O que disse Paulo e como se aplica isto a nós?

Para exortar os crentes judeus a continuar fiéis a Deus, Paulo citou uma exortação anterior aos israelitas para que permanecessem fiéis. O texto usado foi o de Deuteronómio 17:6, em que está escrito que alguém considerado digno de morte sofreria essa pena apenas depois de que pelo menos duas pessoas testemunhassem contra ele.

Paulo fez isto para deixar claro que, se a infidelidade podia levar à morte sob a antiga aliança, “quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue da aliança com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?” (Hebreus 10:29). Noutras palavras, tem mais luz e mais verdade do que eles e sabe sobre o sacrifício do Filho de Deus pelos seus pecados; assim, se rejeitar isso, a sua condenação será maior do que a deles.

Então Paulo voltou a Deuteronómio 32:35 para apoiar o seu argumento. Considerando o que eles receberam em Cristo e o seu conhecimento da grande provisão feita, o Senhor, que disse: “Minha é a vingança”, Ele mesmo “julgará o seu povo.” (Hebreus 10:30) por sua apostasia e infidelidade. Afinal, Deus tinha julgado os seus antepassados, que não tiveram o que estes judeus do Novo Testamento tinham, a revelação mais completa do amor divino demonstrado na cruz. Assim, basicamente, Paulo estava a dizer: Estejam avisados!

“O Senhor fará justiça ao Seu povo” (Deuteronómio 32:36). Qual é a nossa única esperança nesse julgamento (veja Romanos 8:1)?

Sexta-feira, 17 de Dezembro

Estudo Adicional

Tal como o Velho Testamento se cita a si mesmo, o Novo está repleto de citações directas, referências e alusões ao Velho. Salmos, Isaías e Deuteronómio estão entre os mais utilizados. Várias vezes os escritores do Novo Testamento citaram o que é conhecido como a Septuaginta (LXX), chamada o “Antigo Testamento grego”, a mais antiga tradução grega conhecida da Bíblia hebraica. Os primeiros cinco livros da Bíblia, conhecidos como Torá ou Pentateuco, foram traduzidos no 3º século a.C., e o restante do Velho Testamento por volta do 2º século a.C.

Também se pode aprender muito de como interpretar a Bíblia pela forma como os escritores inspirados do Novo Testamento usaram o Velho. E uma das primeiras lições que podemos aprender é que, ao contrário do que dizem muitos eruditos, os escritores do Novo Testamento nunca levantaram nenhuma questão sobre a autenticidade ou autoridade dos livros do Velho. Nada nos seus escritos revelou, por exemplo, dúvida sobre a historicidade dos relatos do Velho Testamento, desde a existência de Adão e Eva, a queda, o dilúvio, o chamado de Abraão e assim por diante. A “erudição” que questiona estas coisas é apenas cepticismo humano e não deve ter lugar no coração nem na mente dos Adventistas do Sétimo Dia.

Perguntas para consideração:

1. Tendo em conta toda a luz que recebemos como Adventistas do Sétimo Dia, o que nos ensina isto sobre a grande responsabilidade de sermos fiéis às verdades que nos foram confiadas?

2. Leia Deuteronómio 18:9-14. Que manifestações modernas destas “abominações ao Senhor” existem, e como podemos ter certeza de que as evitamos?

3. Porque é que os cristãos, que entendem a aplicação universal da morte de Cristo na cruz, nunca deviam “levantar rostos” (veja o estudo de segunda-feira)? Como podemos reconhecer em nós esta tendência? Como é que a cruz nos pode curar desta atitude errada?