Domingo, 19 de Abril
A tradição não é má. Ela dá às ações recorrentes na vida uma certa rotina e estrutura. Ela ajuda-nos a permanecer ligados às nossas raízes. Por isso, não é surpresa que esta herança tenha uma função importante na religião. Porém, também existem perigos relacionados à tradição.
1. Leia Marcos 7:1-13. Como reagiu Jesus a algumas tradições humanas nos Seus dias? O que nos ensina isto?
A tradição que Jesus confrontou era cuidadosamente transmitida na comunidade judaica de mestre para discípulo. Nos dias de Jesus, ela tinha assumido um lugar ao lado das Escrituras. Contudo, a tradição tem uma tendência de se desenvolver durante longos períodos de tempo, acumulando assim mais e mais detalhes e aspectos que originalmente não faziam parte da Palavra de Deus nem do Seu plano. Embora as tradições fossem promovidas por “anciãos” (Marcos 7:3, 5), isto é, pelos líderes religiosos da comunidade judaica, não são iguais aos mandamentos de Deus (Marcos 7:8, 9). Eram tradições de homens e levaram finalmente a um ponto em que tornaram inválida “a Palavra de Deus” (Marcos 7:13).
2. Leia 1 Coríntios 11:2 e 2 Tessalonicenses 3:6. Como distinguimos entre a Palavra de Deus e a tradição humana? É importante fazer esta distinção?
A Palavra de Deus viva faz surgir em nós uma atitude reverente e fiel para com ela. Esta fidelidade gera certa tradição. Contudo, a nossa fidelidade precisa ser sempre dedicada ao Deus vivo, que revelou a Sua vontade na Palavra escrita. Portanto, a Bíblia possui uma função singular que suplanta todas as tradições humanas. Ela está acima de todas as tradições, mesmo das boas. Tradições que se desenvolvem a partir da nossa experiência com Deus e a Sua Palavra precisam ser testadas constantemente pela medida das Sagradas Escrituras.
O que fazemos como igreja que pode ser rotulado como “tradição”? Porque é importante distinguir tradição de ensino bíblico?