9.7.19

Os Dez Mandamentos

Segunda-feira, 08 de Julho 

2. Leia Mateus 22:37-40 e Êxodo 20:1-17. De que maneira o resumo que Jesus fez dos mandamentos nos ajuda a compreender cada um deles? 

Os Dez Mandamentos são como uma Constituição. Depois de uma breve introdução que define o fundamento sobre o qual as declarações são feitas – neste caso, o facto de Deus ter libertado o Seu povo – o documento lista os princípios centrais sobre os quais a nação está alicerçada. Na lei de Deus existem ordens específicas sobre como o ser humano pode viver melhor o seu amor a Deus e ao próximo. Não é de admirar que muitas nações com uma herança cristã tenham extraído o fundamento das suas leis destes princípios orientadores. 

Embora algumas destas declarações sejam breves, não devemos subestimar a amplitude do seu impacto nem a abrangência dos Dez Mandamentos como a lei da vida. Por exemplo, o sexto mandamento, “Não matarás” (Êxodo 20:13), resume e inclui “todos os atos de injustiça que tendem a abreviar a vida”, bem como “uma negligência egoísta de cuidar dos necessitados e sofredores” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas,p. 308). De forma semelhante, a proibição de roubar (veja Êxodo 20:15) condena o “tráfico de escravos e proíbe a guerra de conquista”. Ela “requer o pagamento de débitos e salários justos”, além de proibir “toda a tentativa de obter vantagem pela ignorância, fraqueza ou infelicidade de outrem” (Patriarcas e Profetas, p. 309). 

Podemos facilmente dizer a nós mesmos que não somos pessoas más. Por exemplo, se não estivermos diretamente envolvidos em assassinatos ou roubos evidentes, pode parecer que estamos em boa situação. Mas ao falar sobre os mandamentos, Jesus deixou claro que eles não são cumpridos simplesmente pelo facto de deixarmos de fazer algumas ações específicas. Pelo contrário, os nossos pensamentos e motivações, e até a omissão em fazer coisas que sabemos que devemos fazer, podem ser transgressões da Lei de Deus (veja Mateus 5:21-30). 

Portanto, imagine uma sociedade na qual cada um dos Dez Mandamentos fosse levado a sério e vivido plenamente. Seria uma sociedade ativa e vibrante, em que todos entusiasticamente agiriam com base no seu amor a Deus, amando e cuidando uns dos outros. 

Porque temos a tendência de interpretar os Dez Mandamentos de maneira restrita e limitada, ignorando muitas vezes as aplicações mais amplas destes princípios importantes na nossa vida? Porque a interpretação mais restrita é mais fácil de ser seguida na prática?