11.7.19

O ano do jubileu

Quinta-feira, 11 de Julho 

Quando Se encontrou com os israelitas como um povo que não tinha uma pátria e que desejava chegar à terra prometida, Deus sabia a importância que a questão da terra passaria a ter quando eles estabelecessem a sua nova sociedade em Canaã. Sob a supervisão divina, Josué liderou uma distribuição organizada da terra por tribos e grupos familiares. 

Mas o Senhor também sabia que, com o tempo, a prosperidade, a oportunidade e os recursos ligados à posse da terra tenderiam a se concentrar nas mãos de poucos. Dificuldades familiares, problemas de saúde, más escolhas e outras adversidades podiam fazer com que alguns proprietários de terras vendessem os seus bens para obter ganhos a curto prazo ou simplesmente para sobreviver; porém, isso significava que a família podia ficar desapropriada por sucessivas gerações. 

A solução de Deus foi decretar que a terra jamais podia ser vendida de maneira definitiva. Em vez disso, a terra seria vendida apenas até ao “ano do jubileu” seguinte, quando voltaria para a família à qual tinha sido outorgada, e qualquer terreno vendido podia ser resgatado pelo vendedor ou por outro membro da sua família a qualquer momento. Novamente, Deus lembrou o povo do seu relacionamento com Ele e como isso afetava a sua relação com os outros: “Também a terra não se venderá em perpetuidade, porque a terra é Minha; pois vós sois para Mim estrangeiros e peregrinos” (Levítico 25:23). 

6. Leia Levítico 25:8-23. Como seria a sociedade se estes princípios fossem aplicados, especialmente as palavras “não oprimais ao vosso próximo”? 

“Os estatutos que Deus tinha estabelecido destinavam-se a promover a igualdade social. As disposições do ano sabático e do jubileu em grande medida poriam em ordem o que no período anterior tinha ido mal na economia social e política da nação.” Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 534 

Os historiadores da Bíblia não têm a certeza se este ritmo económico e social foi seguido plenamente durante um período significativo (veja 2 Coríntios 36:21). Mesmo assim, estas regras oferecem um vislumbre intrigante de como o mundo podia funcionar se as leis de Deus fossem seguidas completamente. Além disso, elas destacam a preocupação especial de Deus para com os pobres e marginalizados, bem como o Seu interesse em que a justiça seja manifestada de maneira prática no nosso mundo.