28.7.22

Sobreviver Através Da Adoração - Sobreviver Através Da Esperança

Terça-feira, 26 de Julho


3. Leia Jó 1:6–2:10. O que causou o sofrimento de Jó?

Em Jó 1, aconteceu algo assombroso. Os anjos apresentaram-se diante de Deus, e Satanás estava com eles. Deus perguntou-lhe de onde ele vinha, e Satanás respondeu: “De rodear a Terra e passear por ela”. Então Deus perguntou: “Observaste tu a meu servo Jó” (v. 7, 8). A pergunta em si não é fora do comum. O que chama a atenção é quem a fez. Não foi Satanás quem apontou Jó como alguém a ser examinado, mas Deus. Como sabia o que ia acontecer, Deus chamou a atenção de Satanás para Jó. O patriarca não tinha ideia de que passaria por um cadinho de temperaturas excessivas. Embora esteja muito claro que foi Satanás, não Deus, quem causou o sofrimento de Jó, também está claro que foi Deus quem lhe deu autorização para destruir as propriedades, os filhos e a própria saúde física do Seu servo. Se Deus permitiu que Jó sofresse, que diferença faz se foi Deus ou Satanás quem infligiu o sofrimento? Como pode Deus ser justo e santo se activamente permitiu que Satanás causasse tal dor a Jó? Esta situação é um caso especial ou caracteriza a forma como o Senhor ainda lida connosco hoje?

4. Em Jó 1:20, 21, como é que o patriarca reagiu às provações?

É possível reagir de duas formas a sofrimentos assim. Podemos tornar-nos mais amargos e zangados, e virar as costas a Deus acreditando que Ele seja cruel ou que não exista, ou podemos apegar-nos ao Senhor com mais força. Jó lidou com a sua catástrofe permanecendo na presença de Deus e adorando-O.

Em Jó 1:20, 21, vemos três aspectos de adoração que nos ajudam quando estamos angustiados. Primeiro, Jó aceitou o seu desamparo e reconheceu que não tinha direito a reivindicar nada: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá”. Segundo, Jó reconheceu que Deus tinha o controle total da situação: “o Senhor o deu, e o Senhor o tomou”. Terceiro, ele concluiu reafirmando a sua crença na justiça divina: “bendito seja o nome do Senhor”.

Está a ser provado? Siga os passos de Jó. Isto pode ajudar?

Quarta-feira, 27 de Julho


“Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a tribulação que nos sobreveio na Ásia, pois que fomos sobremaneira agravados mais do que podíamos suportar, de modo tal que até da vida desesperamos. Mas já em nós mesmos tínhamos a sentença de morte, para que não confiássemos em nós, mas em Deus, que ressuscita os mortos” (2 Coríntios 1:8, 9). Sendo apóstolo de Cristo, Paulo tinha suportado mais aflições do que a maioria das pessoas. Contudo, ele não foi esmagado. Ao contrário, cresceu em louvor a Deus. Considere as dificuldades pelas quais ele passou (2 Coríntios 11:23-29; 1:3-11).

5. Leia 2 Coríntios 1:4. Em que medida o sofrimento pode ser um chamado ao ministério? Como podemos estar mais atentos a esta possibilidade?

Deus quer ministrar através de nós a pessoas que sofrem. Isto significa que Ele pode primeiro permitir que experimentemos dores para depois oferecermos encorajamento, não na teoria, mas a partir da nossa experiência da compaixão e conforto divinos. Este foi um princípio da vida de Jesus (ver Hebreus 4:15).

As vívidas descrições de Paulo sobre as suas dificuldades não foram escritas para que sintamos pena dele, mas para sabermos que, mesmo quando estivermos no fundo do poço, o Pai pode intervir para levar compaixão e consolo. Podemos até perder a esperança quanto à nossa vida, mas não tenhamos medo, Deus está-nos a ensinar a depender Dele. Podemos confiar Nele, pois o Senhor “ressuscita os mortos” (2 Coríntios 1:9).

Visto que o foco do apóstolo dos gentios continuou a ser proclamar o evangelho, ele sabia que Deus o salvaria também no futuro. A habilidade do apóstolo em permanecer firme tinha como base três coisas mencionadas em 2 Coríntios 1:10, 11. Primeiro, os antecedentes divinos: “O qual nos livrou de tão grande morte, e livra”. Segundo, a determinação de Paulo em se concentrar apenas em Deus: “em quem esperamos que também nos livrará ainda”. Terceiro, a intercessão contínua dos santos: “Ajudando-nos também vós com orações por nós”.

O que pode aprender com Paulo que o pode ajudar a evitar a auto-piedade no meio das suas próprias lutas?