5.3.20

O Calendário Profético

Quinta-feira, 05 de Março

No fim da visão das 2.300 tardes e manhãs, Daniel ficou atónito porque não a podia entender (Daniel 8:27). Dez anos depois, o anjo Gabriel veio para ajudar o profeta a “entender” a visão (Daniel 9:22, 23). Esta última revelação apresenta as informações que faltavam e mostra que a obra do Messias devia ser cumprida no final de um período de setenta semanas. De acordo com o princípio do dia/ano e o decorrer dos eventos preditos, as setenta semanas devem ser entendidas como 490 anos. O ponto de partida para este período é a ordem para restaurar e reconstruir Jerusalém (Daniel 9:25). Esta ordem foi dada por Artaxerxes em 457 a.C. e permitiu que os judeus, sob a liderança de Esdras, reconstruíssem Jerusalém (Esdras 7). O texto bíblico diz que as setenta semanas estavam “determinadas” ou “cortadas”. Isto indica que os 490 anos foram cortados de um período maior, isto é, dos 2.300 anos designados na visão do capítulo 8. Portanto, os 2.300 anos e os 490 anos devem ter o mesmo ponto de partida, ou seja, 457 a.C.

As setenta semanas dividem-se em três secções: sete semanas, sessenta e duas semanas e a septuagésima semana.

As sete semanas (49 anos) referem-se provavelmente ao tempo da reconstrução de Jerusalém. Depois das sete semanas, haveriam sessenta e duas semanas (434 anos) até ao “Ungido, ao Príncipe” (Daniel 9:25). Assim, 483 anos depois do decreto de Artaxerxes, no ano 27 d.C., Jesus foi batizado e ungido pelo Espírito Santo para a Sua missão messiânica.

Na septuagésima semana, outros eventos cruciais aconteceriam: (1) seria “morto o Ungido” (Daniel 9:26), o que se refere à morte de Cristo; (2) o Messias faria “firme aliança com muitos, por uma semana” (Daniel 9:27). Esta era a missão especial de Jesus e dos apóstolos à nação judaica. Ela seria realizada durante a última “semana”, de 27 a 34 d.C.; (3) porém, “na metade da semana”, faria “cessar o sacrifício e a oferta de manjares” (Daniel 9:27). Três anos e meio depois do Seu batismo (isto é, no meio da semana), Jesus encerrou o sistema sacrificial, no sentido de que este já não tinha mais significado profético, oferecendo-Se como o sacrifício final e perfeito da nova aliança, anulando assim a necessidade de sacrifícios de animais. A última semana da profecia das 70 semanas terminou em 34 d.C., quando Estêvão foi martirizado, e a mensagem do evangelho começou a alcançar não apenas os judeus, mas também os gentios.

6. Leia Daniel 9:24-27. Mesmo no meio da grande esperança e da promessa do Messias, lemos sobre violência, guerra, desolação. Como nos dá isto a certeza de que, no meio das calamidades da vida, ainda existe esperança?