Terça-feira, 03 de Março
4. Leia Daniel 9:5-13. O profeta repetiu várias vezes a expressão “pecamos”, incluindo-se assim nos pecados que, em última análise, trouxeram tamanha calamidade para a nação. Porque é isto significativo?
A oração de Daniel é apenas uma entre outras importantes orações intercessórias contidas na Bíblia. Estas orações tocam o coração de Deus, evitando o juízo e trazendo, em vez disso, o livramento dos inimigos. Quando Deus estava pronto para destruir toda a nação judaica, a intercessão de Moisés reteve as Suas mãos (Êxodo 32:7-14; Números 14:10-25). Mesmo quando a seca severa estava prestes a consumir a terra, Deus respondeu à oração de Elias e derramou chuva para renovar a terra (1 Reis 18).
Ao orarmos por membros da família, amigos e outras pessoas ou situações, Deus ouve as nossas orações e pode intervir. Às vezes, pode levar certo tempo para que uma oração seja respondida, mas podemos ter a certeza de que Deus nunca Se esquece das necessidades dos Seus filhos (veja Tiago 5:16).
Na sua oração, Daniel desempenhou a função de intercessor, ou mediador, entre Deus e o povo. A partir do seu estudo das Escrituras, o profeta percebeu como o povo se tinha tornado pecaminoso ao transgredir a Lei de Deus e recusar-se ouvir as Suas advertências. Portanto, reconhecendo a condição espiritual desesperada da nação, Daniel orou por cura e perdão. Mas o profeta também se identificou com as pessoas. Em alguns aspectos, Daniel ilustrou o papel de Cristo como nosso Intercessor (João 17). No entanto, há uma diferença radical: Cristo é “sem pecado” (Hebreus 4:15) e, por isso, não precisa confessar pecado pessoal nem oferecer sacrifícios pelo perdão pessoal (Hebreus 7:26, 27). Mas Ele identifica-Se com os pecadores de uma maneira singular: “Aquele que não conheceu pecado, Ele O fez pecado por nós; para que, Nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Coríntios 5:21).
“Se juntássemos tudo o que é bom e santo, nobre e belo no ser humano, e apresentássemos o resultado aos anjos de Deus, como se desempenhasse uma parte na salvação da humanidade ou na obtenção de mérito, a proposta seria rejeitada como traição” (Ellen G. White, Fé e Obras, p. 24). O que ensinam estas palavras sobre a nossa necessidade de um Intercessor a nosso favor?