“Perto dos israelitas, encarregados de reconstruir o templo, viviam os samaritanos, uma etnia mestiça que tinha surgido em consequência do casamento entre os colonos pagãos das províncias da Assíria e o remanescente das dez tribos que tinha sido deixado em Samaria e na Galileia. […]
Durante o período da restauração, esses samaritanos ficaram conhecidos como “os adversários de Judá e Benjamim”. Ouvindo eles “que os que voltaram do cativeiro edificavam o templo ao Senhor, Deus de Israel, chegaram-se a Zorobabel e aos cabeças de famílias” e expressaram o desejo de se unirem a eles na sua construção. […]
Entretanto, se os líderes judeus tivessem aceitado essa oferta de ajuda, teriam aberto uma porta para a entrada da idolatria. Eles viram claramente a falta de sinceridade dos samaritanos. Compreenderam que o auxílio alcançado através de uma aliança com esses homens nada valeria em comparação com as bênçãos que podiam esperar receber se seguissem os claros mandamentos de Jeová.” Profetas e Reis, p. 567, 568
“O profeta […] não via o povo da terra como adoradores do verdadeiro Deus, e embora esses professassem amizade e desejassem ajudá-los, eles não ousaram unir-se com eles em nada que se referisse à adoração. Quando subiram a Jerusalém, para edificar o templo de Deus e restaurar o Seu culto, eles não pediriam a ajuda do rei para que os assistisse no caminho, mas com jejum e oração buscaram o auxílio do Senhor. Eles criam que Deus defenderia e faria prosperar os Seus servos nos seus esforços para O servir. O Criador de todas as coisas não necessita de ajuda dos inimigos para estabelecer o Seu culto. Ele não pede sacrifícios de impiedade, nem aceita ofertas daqueles que têm outros deuses diante Dele.
Muitas vezes ouvimos a observação: “são muito exclusivistas.” Como um povo, devíamos fazer qualquer sacrifício para salvar as pessoas ou conduzi-las à verdade. Mas não ousamos unir-nos a elas, amar as coisas que elas amam e ter amizade com o mundo, pois estaríamos em inimizade contra Deus.” Testemunhos Para a Igreja, v. 1, p. 282
“Para muitos, o amor para com o humano eclipsa o amor para com o divino. Dão o primeiro passo para a apostasia quando ousam desconsiderar o mandamento expresso do Senhor; e a apostasia completa é muitas vezes o resultado. Tem-se demonstrado coisa perigosa para os homens, fazer a própria vontade em oposição às reivindicações de Deus. É entretanto dura lição para os homens aprenderem que Deus quer dizer aquilo que diz. Em regra, os que escolhem para amigos e companheiros pessoas que rejeitam a Cristo e pisam a lei de Deus, vêm afinal a pensar da mesma forma e a ter o mesmo espírito.
Caso queiramos erguer-nos à máxima excelência moral, e atingir a perfeição do caráter religioso, que discriminação deve ser empregada na formação de amizades e na escolha de um companheiro de vida!” Filhos e Filhas de Deus [MM 1956, 2005], p. 165