Lição 9, 24 a 30 de Novembro
Sábado à tarde
VERSO PARA MEMORIZAR: “Ora, ele não disse isto de si mesmo; mas, sendo sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus estava para morrer pela nação e não somente pela nação, mas também para reunir em um só corpo os filhos de Deus, que andam dispersos.” João 11:51, 52
LEITURAS DA SEMANA: João 11:51, 52; Efésios 2:13-16; 4:25–5:2; 2 Coríntios 5:17-21; Romanos 14:1-6; Atos 1:14
Na semana passada estudamos como a unidade se torna visível mediante uma mensagem comum, centrada em Jesus como Salvador e nas verdades bíblicas que devem ser enfatizadas no tempo do fim. Somos quem somos por causa da mensagem que Deus nos deu e do nosso chamado para proclamá-la ao mundo.
Nesta semana, vamos nos concentrar na unidade visível da igreja, manifestada na vida cotidiana dos cristãos e na missão da igreja. De acordo com Jesus, a igreja não somente anuncia a mensagem divina de salvação e reconciliação. A unidade da própria igreja também é uma expressão essencial dessa reconciliação. Neste mundo envolvido pelo pecado e pela rebelião, a igreja é um testemunho visível da obra salvadora e do poder de Cristo. Sem a unidade e a solidariedade da igreja, o poder salvífico da cruz dificilmente seria visto neste mundo. “A unidade com Cristo estabelece um vínculo de unidade de uns com os outros. Essa unidade é, para o mundo, a mais convincente prova da majestade e da virtude de Cristo, bem como de Seu poder de tirar o pecado” (Comentários de Ellen G. White, em Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 5, p. 1.148).
Comentários de Ellen White: Lição 09 – A Prova Mais Convincente – 24 de Novembro a 01 de Dezembro 2018
SÁBADO A TARDE – 24 DE NOVEMBRO 2018 – INTRODUÇÃO
“O amor santificado é expansível, recusando-se a ser limitado pelo lar ou pela igreja. Ele procura salvar as pessoas que estão a perecer. Cada coração que tiver sentido o amor de um Salvador que perdoa o pecado encontra-se aliado a todos os outros corações cristãos. Os verdadeiros crentes unir-se-ão uns aos outros no trabalho pelos que estão prestes a perecer. […]
Quando as nossas igrejas cumprirem o dever que sobre elas impende, serão instrumentos vivos, operantes, em favor do Mestre. A manifestação de amor cristão encherá o coração com um fervor mais profundo, mais intenso, no trabalho por Aquele que deu a vida para salvar o mundo. Quando são bons e fazem o bem, os seguidores de Cristo expulsam da alma o egoísmo. A eles parece pouco o maior sacrifício que tiverem que fazer. Eles veem uma grande vinha que deve ser trabalhada, e compreendem que devem estar preparados pela divina graça para trabalhar pacientemente, fervorosamente, a tempo e fora de tempo, numa esfera que não conhece limites. Obtêm vitória após vitória, crescendo em experiência e eficiência, estendendo por todos os lados os seus fervorosos esforços para conquistar pessoas para Cristo. Utilizam com o maior proveito a sua crescente experiência. Eles têm o coração abrandado pelo amor de Cristo.” Medicina e Salvação, p. 316, 317
“Exaltada é a nossa profissão de fé. Como adventistas observadores do sábado, professamos obedecer a todos os mandamentos de Deus, e aguardar a vinda de nosso Redentor. Soleníssima mensagem de advertência foi confiada aos poucos fiéis de Deus. Pelas nossas palavras e atos devemos mostrar que reconhecemos a grande responsabilidade que foi posta sobre nós. Tão brilhante deve resplandecer a nossa luz, que outros possam ver que glorificamos ao Pai na nossa vida diária; que estamos ligados com o Céu, e somos coerdeiros de Jesus Cristo, para que ao aparecer Ele em poder e grande glória sejamos semelhantes a Ele.
Devemos todos sentir a nossa responsabilidade individual como membros da igreja visível e obreiros na vinha do Senhor. Não devemos esperar que os nossos irmãos, tão frágeis como nós mesmos, nos ajudem pelo caminho; pois o nosso precioso Salvador convidou-nos a juntar-nos a Ele, e unir a nossa fraqueza à Sua força, a nossa ignorância à Sua sabedoria, a nossa indignidade a Seus méritos. Nenhum de nós pode ocupar uma posição neutra. A nossa influência se exercerá pró ou contra. Somos agentes ativos de Cristo, ou do inimigo. Ou ajuntamos com Cristo, ou espalhamos. A verdadeira conversão é uma mudança radical. A própria inclinação da mente ou a tendência do coração deve ser desviada, tornando-se a vida nova outra vez em Cristo.
Deus está a conduzir um povo para ficar em perfeita unidade sobre a plataforma da verdade eterna.” Testemunhos Para a Igreja, v. 4, p. 16, 17
Domingo, 25 de Novembro
Sob a Cruz de Jesus
Como muitas outras bênçãos espirituais concedidas por Deus ao Seu povo, a unidade da igreja também é um dom de Deus. A unidade não é uma criação humana mediante os nossos esforços, boas obras e intenções. Fundamentalmente, Jesus Cristo criou esta unidade através da Sua morte e ressurreição. À medida que nos apropriamos, pela fé, da Sua morte e ressurreição através do batismo e do perdão dos nossos pecados; ao nos unirmos em comunhão e espalhamos as três mensagens angélicas ao mundo, estamos em união com Ele e em unidade uns com os outros.
1. De acordo com João 11:51, 52 e Efésios 1:7-10, que evento na vida de Jesus é o fundamento da nossa unidade, como adventistas?
“Ora, [Caifás] não disse isto de si mesmo; mas, sendo sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus estava para morrer pela nação e não somente pela nação, mas também para reunir em um só corpo os filhos de Deus, que andam dispersos” (João 11:51, 52). É muito estranho o facto de Deus ter usado Caifás para explicar o significado da morte de Cristo, embora Caifás não soubesse o que estava a fazer ao condenar Jesus à morte. Ele não tinha ideia de como a sua declaração foi profunda. Caifás pensou que estivesse a fazer apenas uma declaração política. Porém, João usou-a para revelar uma verdade fundamental sobre o significado da morte substitutiva de Jesus por todos os fiéis de Deus, que um dia seriam reunidos “em um só corpo”.
Sejam quais forem as nossas outras crenças como adventistas do sétimo dia, seja qual for a mensagem proclamada exclusivamente por nós, o fundamento da nossa unidade consiste na nossa aceitação da morte de Cristo
em nosso favor.
Além disso, também experimentamos esta unidade em Cristo através do batismo. “Todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes” (Gálatas 3:26, 27). O batismo é outro vínculo que partilhamos, pois simboliza a nossa fé em Cristo. Temos um Pai em comum; portanto, somos todos filhos e filhas de Deus. E temos um Salvador em comum, em cuja morte e ressurreição somos batizados (Romanos 6:3, 4).
Sejam quais forem as nossas diferenças culturais, sociais, étnicas e políticas, porque a nossa fé em Jesus transcende todas estas divisões?
DOMINGO, 25 DE NOVEMBRO 2018 – SOB A CRUZ DE JESUS
“Nem considerais que nos convém que um homem morra pelo povo, e que não pereça toda a nação. Ora, ele não disse isto de si mesmo, mas, sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer pela nação. E não somente pela nação, mas também para reunir em um corpo os filhos de Deus que andavam dispersos” (João 11:50-52). Estas palavras foram proferidas por alguém que não sabia o seu significado.
Ele tinha perdido o senso da santidade dos sacrifícios e ofertas. Mas as suas palavras queriam dizer mais do que ele ou os que estavam associados a ele sabiam. Através delas, ele deu testemunho de que tinha chegado o momento do sacerdócio araônico cessar para sempre. Ele estava a condenar Alguém que tinha sido prefigurado em todo sacrifício feito, mas Alguém cuja morte poria fim à necessidade de tipos e sombras. Sem o saber, ele declarava que Cristo estava prestes a cumprir aquilo para o qual tinha sido instituído o sistema de sacrifícios e ofertas.” Review and Herald, 12/6/1900; Comentários de Ellen G. White, no Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 5, p. 1.270, 1.271
“Não basta crer no que se diz acerca de Cristo; devemos crer Nele. A única fé que nos beneficiará, é a que O abraça como Salvador pessoal; que se apropria dos Seus méritos. Muitos têm a fé como uma opinião. A fé salvadora é um ajuste pelo qual aqueles que recebem Cristo se unem a Deus em concerto. Fé genuína é vida. Uma fé viva significa acréscimo de vigor, segura confiança pela qual as pessoas se tornam uma força vitoriosa.” A Maravilhosa Graça de Deus [MM 1974], p. 347
“Na submissão de Cristo ao rito do batismo, Ele mostra ao pecador um dos importantes passos na verdadeira conversão. Cristo não tinha pecados de que precisasse ser lavado e purificado; mas, ao consentir em tornar-Se o substituto do homem, foram-Lhe atribuídos os pecados do homem culpado. […]
Todos os que vivem têm pecados de que precisam ser lavados. […] Genuíno arrependimento do pecado, fé nos méritos de Jesus Cristo e o batismo na Sua morte, a fim de ressurgir da água para viver uma nova vida, são os primeiros passos no novo nascimento que Cristo disse que Nicodemos precisava experimentar para ser salvo. As palavras de Cristo a Nicodemos não foram proferidas só para ele, mas a cada homem, mulher e criança que vivessem no mundo. […] Estamos seguros ao seguir o exemplo de Cristo.” Exaltai-O [MM 1992], p. 81
“A graça de Deus vem à pessoa pelo conduto da fé viva, e está ao nosso alcance exercitar semelhante fé.
A verdadeira fé apreende e suplica a bênção prometida, antes que esta se realize e a experimentemos. Devemos, pela fé, enviar as nossas petições para dentro do segundo véu, e fazer com que a nossa fé se apodere da bênção prometida e a invoque como sendo nossa. Devemos então crer que recebemos a bênção, porque a nossa fé se apoderou dela, e segundo a Palavra, é nossa. “Tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis e tê-lo-eis” (Marcos 11:24). Isto é fé, e fé pura crer que recebemos a bênção, mesmo antes que a vejamos.” Primeiros Escritos, p. 72
Segunda-feira, 26 de Novembro
Ministério da Reconciliação
Certamente o nosso mundo é conhecido por desordem, problemas, guerras e conflitos. Todos estes factores afetam a nossa vida pessoal, comunitária e nacional. Às vezes parece que toda a nossa vida está em conflito. Mas a desunião e a desordem não prevalecerão para sempre. Deus está numa missão para promover a unidade cósmica. Ao passo que o pecado resultou em desarmonia, o plano eterno de Deus para a reconciliação traz paz e plenitude.
Em Efésios 2:13-16, Paulo apresentou os princípios de Cristo para que haja paz entre os cristãos: através da Sua morte na cruz, Jesus fez dos judeus e gentios um só povo e destruiu as barreiras étnicas e religiosas que os separavam. Se Cristo conseguiu fazer isto com os judeus e gentios no primeiro século, Ele ainda pode fazer muito mais para derrubar as barreiras étnicas e culturais que dividem as pessoas na nossa igreja hoje!
E, a partir daí, podemos alcançar o mundo.
2. Em 2 Coríntios 5:17-21, Paulo afirmou que, em Cristo, somos novas criaturas, reconciliadas com Deus. Qual é então o nosso ministério neste mundo? Que diferença podíamos fazer na nossa comunidade sendo um corpo unido?
Como nova criatura de Deus, o cristão recebe um ministério fundamental – um triplo ministério da reconciliação. (1) A nossa igreja é composta de cristãos que estavam separados de Deus, mas, mediante a graça salvífica do sacrifício de Cristo, foram unidos a Ele pelo Espírito Santo. Somos o remanescente, chamados para proclamar ao mundo uma mensagem para o tempo do fim. O nosso ministério é convidar os que ainda estão separados de Deus a reconciliarem-se com Ele e juntarem-se a nós na nossa missão. (2) A igreja também é o povo de Deus reconciliado uns com os outros. Estar unido a Cristo significa que estamos unidos uns aos outros. Este não é apenas um ideal elevado, mas deve ser uma realidade visível. A reconciliação de uns com os outros e a paz e a harmonia entre irmãos e irmãs são um testemunho inconfundível ao mundo de que Jesus Cristo é o nosso Salvador e Redentor, como está escrito em João 13:35: “Nisto conhecerão todos que sois Meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.” (3) Mediante este ministério da reconciliação, a igreja declara ao universo que o divino plano da redenção é verdadeiro e poderoso. O grande conflito é sobre Deus e o Seu caráter. Na medida em que a igreja cultiva a unidade e a reconciliação, o universo vê a obra da sabedoria eterna de Deus (veja Efésios 3:8-11).
SEGUNDA-FEIRA, 26 DE NOVEMBRO 2018 – MINISTÉRIO DA RECONCILIAÇÃO
“O tempo em que vivemos é de intensa agitação. Ambição e guerra, prazer e ganho de dinheiro, absorvem o interesse das pessoas. Satanás sabe que seu tempo é curto e tem posto todos os seus agentes no trabalho, de modo que os homens sejam enganados, iludidos, ocupados e arrebatados, até que o tempo de graça expire e a porta da misericórdia se encerre para sempre. É nosso trabalho levar ao mundo inteiro – a cada nação, tribo, língua e povo – as salvadoras verdades da mensagem do terceiro anjo.“ Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 31
“Temos necessidade de iluminação divina. Toda pessoa está procurando tornar-se um centro de influência, e enquanto Deus não trabalhar por Seu povo, ele não verá que a subordinação a Deus é a única segurança para todo ser humano. Sua graça transformadora em corações humanos conduzirá a uma unidade que ainda não foi compreendida, pois todos os que são assemelhados a Cristo estarão em harmonia uns com os outros. O Espírito Santo produzirá unidade. […]
“Ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, […] reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz” (Efésios 2:14-16).
Cristo é o elo de ligação na áurea corrente que vincula os crentes em Deus. Não deve haver separações neste grande tempo de prova. Os componentes do povo de Deus são “concidadãos dos santos, e… da família de Deus; edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo Ele mesmo Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor” (Ef 2:19-21). Os filhos de Deus constituem um conjunto unido em Cristo, o qual apresenta Sua cruz como o centro de atração. Todos os que creem são um Nele.” Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 20, 21
“Insisto com o nosso povo para que cesse seu criticismo e maledicência, e se dirija a Deus em fervorosa oração, pedindo-Lhe que ajude os transviados. Que se unam uns aos outros, e também com Cristo. Estudem o capítulo dezessete de João e aprendam como orar e viver a oração de Cristo. Ele é o Consolador, e habitará em seus corações tornando completa a sua alegria. Suas palavras lhes serão como o Pão da Vida, e na força assim obtida serão habilitados a desenvolver um caráter que será uma honra para Deus. Existirá entre eles perfeita comunhão cristã. Em sua vida serão vistos os frutos que sempre aparecem como resultado de obediência à verdade. […]
Que se fale menos em pequenas diferenças, e se estude mais diligentemente o que a oração de Cristo significa para os que creem em Seu nome. Devemos orar para que haja união, e então viver de tal modo que Deus possa atender nossas orações. […]
Completa união com Cristo e uns com os outros é absolutamente necessária à perfeição dos crentes. A presença de Cristo pela fé no coração dos crentes, se constitui seu poder, sua vida. … A união com Deus por meio de Cristo torna a igreja perfeita.” Refletindo a Cristo [MM 1986], p. 192
Terça-feira, 27 de Novembro
Unidade Prática
Em 1902, Ellen G. White escreveu: “Todo o cristão deve ser o que Cristo foi na Sua vida nesta Terra. Ele é nosso exemplo, não apenas em Sua pureza imaculada, mas em Sua paciência, mansidão, e disposição cativante” (Ellen G. White, Signs of the Times, 16 de julho de 1902). Estas palavras lembram o apelo de Paulo aos filipenses: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Filipenses 2:5).
3. Leia Efésios 4:25–5:2 e Colossenses 3:1-17. Em que áreas da nossa vida somos chamados a mostrar a nossa fidelidade a Jesus? Como devemos testemunhar do evangelho de Jesus publicamente?
Muitas outras passagens das Escrituras encorajam os cristãos a seguir o exemplo de Jesus e a ser testemunhas vivas da graça de Deus para outros. Também somos incentivados a buscar o bem-estar das outras pessoas (Mateus 7:12); a suportar os fardos uns dos outros (Gálatas 6:2); a viver na simplicidade; a concentrar-nos na espiritualidade interior em lugar da ostentação externa (Mateus 16:24-26; 1 Pedro 3:3, 4); e a seguir hábitos de vida saudáveis (1 Coríntios 10:31).
“Amados, insisto em que, como estrangeiros e peregrinos no mundo, se abstenham dos desejos carnais que guerreiam contra a alma. Vivam entre os pagãos de maneira exemplar para que, naquilo em que eles os acusam de praticarem o mal, observem as boas obras que praticam e glorifiquem a Deus no dia da Sua intervenção” (1 Pedro 2:11, 12). Com que frequência subestimamos o impacto do caráter cristão sobre aqueles que nos observam? A paciência manifestada em momentos de aborrecimento; uma vida disciplinada em meio a tensão e conflitos; e a gentileza em resposta à impaciência e às palavras ríspidas são marcas do espírito de Jesus que somos encorajados a imitar. Ao testemunharmos juntos a este mundo, que compreende o caráter de Deus de maneira equivocada, nós, adventistas do sétimo dia, tornamo-nos uma força para o bem e para a glória de Deus. Como representantes de Cristo, os cristãos devem ser conhecidos não só por sua retidão moral, mas também por seu interesse prático pelo bem-estar dos outros. Se a nossa experiência religiosa é genuína, ela será revelada e terá um impacto sobre o mundo. Um corpo unificado de cristãos que revelem o caráter de Cristo ao mundo será, realmente, um testemunho poderoso.
Qual tem sido o seu testemunho às pessoas? O que na sua vida faz com que elas desejem seguir a Jesus?
TERÇA-FEIRA, 27 DE NOVEMBRO 2018 – UNIDADE PRÁTICA
“Amor às almas por quem Cristo morreu, significa a crucifixão do próprio eu. Aquele que é filho de Deus deve, daí em diante, considerar-se um elo na cadeia baixada para salvar o mundo, um com Cristo em Seu plano de misericórdia, indo com Ele em busca dos perdidos para os salvar. O cristão deve sempre ter presente que se consagrou a Deus, e que seu caráter deve revelar Cristo perante o mundo. O espírito de sacrifício, a simpatia, o amor manifestados na vida de Cristo, devem reaparecer na existência do obreiro de Deus.” O Desejado de Todas as Nações, p. 417
“Os que desejam ter a sabedoria que vem de Deus devem tornar-se néscios no pecaminoso conhecimento deste século, para serem sábios. Devem fechar os olhos, para não verem nem aprenderem o mal. Devem fechar os ouvidos, para que não ouçam o que é mau e não obtenham o conhecimento que lhes mancharia a pureza de pensamentos e de ação. E devem guardar a língua, para que não profira palavras corruptas e o engano se encontre em sua boca.” O Lar Adventista, p. 404
“O poder de uma vida mais alta, mais pura e mais nobre é nossa grande necessidade. O mundo tem ocupado demais os nossos pensamentos, e o reino de Deus bem pouco. […]
Jesus é a fonte de poder, a origem da vida. Ele nos leva à Sua Palavra, e da árvore da vida nos apresenta as folhas para a saúde de almas enfermas de pecado. Ele nos leva ao trono de Deus, e põe em nossa boca uma oração pela qual somos levados a íntimo contacto com Ele mesmo. Em nosso benefício põe em operação os instrumentos todo-poderosos do Céu. Em cada passo tocamos Seu vivo poder.
Deus não fixa limite para o progresso dos que desejam ser “cheios do conhecimento da Sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência espiritual” (Colossenses 1:9). Mediante a oração, a vigilância, através do crescimento no conhecimento e na compreensão, eles devem ser “corroborados em toda a fortaleza, segundo a força da Sua glória” (Colossenses 1:11). Assim são preparados para trabalhar por outros. É propósito do Salvador que os seres humanos, purificados e santificados, sejam Sua mão ajudadora.” Atos dos Apóstolos, p. 478
“Que a palavra da verdade seja proferida com o coração abrandado pela ternura. Os que se acham em erro sejam tratados com a benignidade de Cristo. Se aqueles por quem estão a trabalhar não aceitam imediatamente a verdade, não devem ser censurados, nem criticados nem condenados. Lembrem-se de representar, em todo o tempo, a Cristo em Sua mansidão, benignidade e amor. […]
Não vamos ficar magoados porque temos duras provas a sofrer, sérias lutas a suportar na apresentação de uma verdade impopular. Pensemos em Jesus e no que Ele sofreu por nós, e calemo-nos. Mesmo quando somos maltratados e falsamente acusados, não nos queixemos; não falemos palavras de murmuração; não demos lugar em nosso espírito a pensamentos de censura ou descontentamento. Prossigamos em linha reta, [conforme o conselho do apóstolo]: “tendo o vosso viver honesto entre os gentios, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem”.” 1 Pedro 2:12; Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 120
Quarta-feira, 28 de Novembro
Unidade no Meio da Diversidade
Em Romanos 14 e 15, o apóstolo Paulo tratou de questões que estavam a dividir profundamente a igreja em Roma. Ele encorajou os romanos a mostrar tolerância e paciência uns aos outros e não dividir a igreja por causa desses assuntos. O que podemos aprender com seu conselho?
4. Leia Romanos 14:1-6. Que questões de consciência fizeram com que os cristãos de Roma julgassem e não se associassem uns com os outros?
É muito provável que estas questões estivessem relacionadas com a impureza cerimonial judaica. De acordo com Paulo, eram “contendas sobre dúvidas” (Romanos 14:1, ARC), indicando que não eram questões de salvação, mas de opinião, que deveriam ter sido deixadas por conta da consciência individual de cada um (veja Romanos 14:5).
Primeiramente, esses debates foram a respeito do tipo de comida consumida. Paulo não abordou na ocasião o problema de comer animais proibidos em Levítico 11. Não há evidências de que os primeiros cristãos começaram a comer carne de porco ou outros animais imundos durante os dias de Paulo, e sabemos que Pedro também não comeu esses alimentos (veja Atos 10:14). Além disso, o facto de os fracos comerem apenas vegetais (Romanos 14:2) e de o debate envolver também a questão das bebidas (Romanos 14:17, 21) indica que o assunto se concentrava na impureza cerimonial. Isso torna-se mais evidente pelo uso da palavra “impura” (koinos), em Romanos 14:14. Essa palavra é usada na antiga tradução grega do Antigo Testamento para se referir a animais impuros, e não aos animais imundos de Levítico 11. Aparentemente, havia pessoas na comunidade romana que não participavam das refeições comunitárias porque não estavam convencidas de que os alimentos tivessem sido adequadamente preparados nem de que não tinham sido sacrificados aos ídolos.
O mesmo ocorre com a observância de alguns dias. A questão não se refere à observância semanal do sábado, pois sabemos que Paulo o observava regularmente (Atos 13:14; 16:13; 17:2). Provavelmente, essa seja uma referência aos vários dias de festas judaicas ou de jejum. A intenção de Paulo nesses versículos era incentivar a tolerância para com os que eram sinceros e conscienciosos na observância desses rituais, desde que não pensassem neles como um meio de salvação. A unidade entre os cristãos é manifestada na paciência e na tolerância mesmo quando não concordamos em alguns pontos, especialmente quando esses pontos não são essenciais à nossa fé.
Existe alguma crença ou prática dos adventistas do sétimo dia que não é exigida dos membros da igreja?
QUARTA-FEIRA, 28 DE NOVEMBRO 2018 – UNIDADE EM MEIO À DIVERSIDADE
“O Senhor não confiou a homens o encargo de relembrar as faltas e os erros dos vivos ou dos mortos. Ele quer que Seus obreiros apresentem a verdade para este tempo. Não falem dos erros de seus irmãos que estão vivos, e calem-se no tocante às faltas dos mortos. Deixem que os seus erros e faltas permaneçam onde Deus os colocou – lançados nas profundezas do mar. Quanto menos os que professam crer na verdade presente disserem a respeito das faltas e erros dos servos de Deus no passado, tanto melhor será para sua própria alma e para a alma daqueles a quem Cristo adquiriu por Seu próprio sangue.” Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 346, 347
“No dom de Seu Filho para nossa redenção, Deus mostrou quanto é alto o valor que ele dá a todo ser humano, e não dá direito a homem algum de falar desprezivelmente de outro. Veremos faltas e fraquezas nos que nos rodeiam, mas Deus reivindica toda pessoa como Sua propriedade – Sua pela criação, e duplamente Sua como comprada com o precioso sangue de Cristo. Todos foram criados à Sua imagem, e mesmo os mais degradados devem ser tratados com respeito e ternura. Deus nos considerará responsáveis mesmo por uma palavra proferida em desprezo a respeito de uma pessoa por quem Cristo depôs a vida.” O Maior Discurso de Cristo, p. 56, 57
“São as pequenas coisas que testam o caráter. Deus Se alegra diante dos despretensiosos atos diários de abnegação feitos com mansidão e alegria. Não devemos viver para nós mesmos, mas para os outros. Devemos ser uma bênção mediante o esquecimento de nós mesmos e consideração pelos outros. Devemos cultivar amor, paciência e força moral.” Testemunhos Para a Igreja, v. 2, p. 647
“Aqueles que realmente amavam a verdade por amor da verdade deviam ter seguido sua conduta visando à glória de Deus e deixado que a luz da verdade brilhasse diante de todos. […]
Sua ira [de Satanás] seria despertada […] e declararia guerra contra aqueles “que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus” (Ap 12:17). Mas isso não deveria ter tornado impacientes nem desanimados os crentes fiéis. Essas coisas deviam ter […] uma influência para tornar o crente verdadeiro mais cauteloso, vigilante e devoto – mais terno, compassivo e amando […] Como Cristo suportou, e continua a suportar nossos erros, nossa ingratidão e nosso débil amor, assim deveríamos suportar aqueles que provam nossa paciência. Serão os seguidores de Jesus, que negou a Si mesmo e Se sacrificou, tão diferentes de seu Senhor? Os cristãos devem ter coração bondoso e paciente.” Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 110, 111
Quinta-feira, 29 de Novembro
Unidade na Missão
5. Compare o ânimo dos discípulos durante a Ceia do Senhor, em Lucas 22:24, com o que tiveram pouco antes da experiência do Pentecostes, em Atos 1:14 e 2:1, 46. O que fez tanta diferença na vida deles?
Em Atos 1:14 e 2:46, a expressão “perseveravam unânimes” também significa “perseveravam com uma só mente”. Isso aconteceu porque os discípulos estavam reunidos em um lugar, em oração, buscando o cumprimento da promessa de Jesus de lhes enviar o Consolador.
Enquanto esperavam, para eles teria sido fácil criticar uns aos outros. Alguns poderiam ter mencionado o facto de Pedro ter negado Jesus (João 18:15-18, 25-27) e a dúvida de Tomé quanto à ressurreição de Cristo (João 20:25). Eles podiam ter se lembrado do pedido de João e Tiago, que solicitaram as posições mais poderosas no reino de Jesus (Marcos 10:35-41), ou de que Mateus tinha sido um desprezado coletor de impostos (Mateus 9:9).
No entanto, “esses dias de preparo foram de profundo exame de coração. Os discípulos sentiram sua necessidade espiritual e suplicaram do Senhor a santa unção que os devia capacitar para a obra da salvação. Não suplicaram essas bênçãos apenas para si. Sentiam a responsabilidade que pesava sobre eles. Compreendiam que o evangelho devia ser proclamado ao mundo e clamavam pelo poder que Cristo tinha prometido” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 37).
A comunhão entre os discípulos e a intensidade de suas orações os prepararam para a importante experiência do Pentecostes. Quando se aproximaram de Deus e abandonaram suas diferenças pessoais, os discípulos foram preparados pelo Espírito Santo para se tornarem testemunhas destemidas e ousadas da ressurreição de Jesus. Eles sabiam que Cristo tinha perdoado suas muitas falhas, e isso lhes deu coragem para avançar. Sabiam o que Jesus tinha feito por eles. Conheciam a promessa de salvação encontrada Nele e, portanto, “a ambição dos cristãos era revelar a semelhança do caráter de Cristo, bem como trabalhar pelo desenvolvimento de Seu reino” (Ibid., p. 48). Não é de admirar que o Senhor tenha feito coisas poderosas através deles. Que lição para nós como igreja hoje!
É sempre muito fácil encontrar coisas erradas na vida de outras pessoas. Como podemos deixar de lado os erros dos outros em favor de uma causa maior: fazer a vontade de Deus em uma igreja unida?
QUINTA-FEIRA, 29 DE NOVEMBRO 2018 – UNIDADE NA MISSÃO
“Entre o povo de Deus devia haver, neste tempo, frequentes períodos de oração sincera e fervorosa. A mente deve estar constantemente em atitude de oração. No lar e na igreja, façam-se orações fervorosas em favor dos que se entregaram à pregação da Palavra. Orem os crentes, como fizeram os discípulos depois da ascensão de Cristo.
Uma corrente de fervorosos e devotos crentes devia rodear o mundo. Orem todos com humildade. Uns poucos vizinhos podem reunir-se para orar pedindo o Espírito Santo. Que aqueles que não podem sair de casa juntem os filhos e se unam em aprender a orar em grupo. […]
Coisa alguma é mais necessária na obra do que os resultados práticos da comunhão com Deus. Deveríamos convocar reuniões para oração, pedindo ao Senhor que abra o caminho para que a verdade penetre em redutos onde Satanás estabeleceu seu trono, espancando as sombras que ele lançou através do caminho daqueles que ele procura enganar e destruir. Temos a afirmação: “A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos”.” Tiago 5:16; Nos Lugares Celestiais[MM 1968], p. 92
“Há necessidade de oração – oração totalmente sincera, fervorosa, angustiante – oração como a que Davi fez quando exclamou: “Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por Ti, ó Deus!” (Salmos 42:1). […] “A minha alma está quebrantada de desejar os Teus juízos em todo o tempo” (Salmos 119:20). Esse é o espírito da oração perseverante, espírito possuído pelo rei salmista. […]
De Cristo é dito: “E, posto em agonia, orava mais intensamente” (Lucas 22:44). Em que contraste com essa intercessão feita pela Majestade do Céu se acham as orações fracas, insensíveis, que são feitas a Deus! Muitos se satisfazem com o culto de lábios, e bem poucos têm sincero, fervoroso e afetuoso anelo de Deus. […]
A oração verdadeira ocupa as energias da alma e afeta a vida. Aquele que assim desabafa suas necessidades perante Deus, sente o vazio de tudo o mais, debaixo do céu.
A religião deve começar com o esvaziar do coração e sua purificação, e deve ser nutrida pela oração diária.” Testemunhos Para a Igreja, v. 4, p. 534, 535
“A igreja precisa despertar para a ação. O Espírito de Deus nunca poderá vir enquanto ela não preparar o caminho. Deve haver diligente exame de coração. Deve haver oração unida e perseverante, e o reivindicar, pela fé, as promessas de Deus. Deve haver, não o cobrir o corpo de saco, à semelhança da antiguidade, mas profunda humilhação de alma. Não temos a mínima razão para congratulação e exaltação própria. Devemos humilhar-nos sob a potente mão de Deus. Ele aparecerá para confortar e dar bênçãos aos que realmente O buscam.
A obra está diante de nós; estaremos empenhados nela? Precisamos trabalhar depressa, precisamos avançar constantemente. Temos que preparar-nos para o grande dia do Senhor. Não temos tempo a perder, tempo para empenhar-nos em desígnios egoístas. O mundo deve ser advertido. Que estamos fazendo, como indivíduos, para levar a luz a outros? Deus deixou a cada pessoa sua obra; cada uma tem sua parte a desempenhar, e não podemos negligenciar essa obra senão com risco para nossa alma.” Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 126
Sexta-feira, 30 de Novembro
Estudo Adicional
Leia, de Ellen G. White, “Unidade na Diversidade”, p. 98-103, em Evangelismo.
“As Escrituras ilustram como o Espírito Santo guiava a igreja primitiva em seu processo de tomar decisões. Isso acontecia pelo menos de três maneiras intimamente interligadas: as revelações (por exemplo, o Espírito dizia às pessoas o que fazer: Cornélio, Ananias e Filipe; e, talvez, o lançamento de sortes), as Escrituras (a igreja chegava a uma conclusão através da Bíblia) e o consenso (o Espírito atuava na comunidade quase que imperceptivelmente, criando um consenso mediante diálogo e estudo e, por fim, a igreja percebia que o Espírito estava a atuar nela). Diante de conflitos culturais, doutrinários e teológicos entre a comunidade de cristãos, o Espírito Santo atuou através do consenso no processo de tomar decisões da igreja. Nesse processo, vemos a função ativa da comunidade de cristãos, não apenas de seus líderes, e também a importância de pedir a Deus discernimento. Percebemos a direção do Espírito Santo em toda a compreensão da comunidade sobre a Palavra de Deus, em sua experiência e em suas necessidades, e na experiência de seus líderes ao ministrarem. As várias decisões da igreja foram tomadas mediante um processo guiado pelo Espírito Santo, em que as Escrituras, a oração e a experiência foram elementos de reflexão teológica.” Denis Fortin, “The Holy Spirit and the Church”, em Ángel Manuel Rodríguez, ed., Message, Mission e Unity of the Church, p. 321, 322
Perguntas para discussão
1. Como decidimos quais são os ensinamentos e práticas essenciais para nós, adventistas do sétimo dia, e quais não são?
2. Como devemos relacionar-nos com cristãos de outras denominações que, como nós, acreditam na morte e ressurreição de Jesus?
Resumo: A mais convincente prova de unidade é amar uns aos outros como Jesus nos amou. O perdão dos pecados e a salvação que compartilhamos, como adventistas, são os melhores vínculos dessa comunhão. Podemos mostrar ao mundo a nossa unidade e testemunhar de nossa fé.
SEXTA-FEIRA, 30 DE NOVEMBRO 2018 – ESTUDO ADICIONAL
*Evangelismo, “Unidade na Diversidade”, p. 98-103.
*Atos dos Apóstolos, “Carta de Roma”, p. 477, 478.