18.5.20

Os Dias da Criação

Segunda-feira, 18 de Maio

Nos últimos anos tem havido uma tendência de se entender a semana da criação como não literal, como uma metáfora, uma parábola ou até um mito. Isto surgiu como resultado da teoria da evolução, que supõe longos períodos de tempo para explicar o desenvolvimento da vida no ­planeta Terra.

Mas o que ensina a Bíblia sobre este assunto? Porque devem os dias da criação em Génesis 1 ser entendidos como literais e não simbólicos?

3. Leia Génesis 1:3-5 e Êxodo 20:8-11. Como é usado o termo “dia” nestes contextos?

A palavra hebraica yôm, ou “dia”, é usada constantemente em toda a narrativa da criação para designar um dia literal. Em Génesis, nada indica que algo diferente de um dia literal tenha sido pretendido. Alguns estudiosos que não creem que os dias foram literais admitem, no entanto, que a intenção do autor era retratar dias literais.

É interessante que o próprio Deus designe este nome para a primeira unidade de tempo (Génesis 1:5). Yôm, ou “dia”, é definido com a frase “foi a tarde e a manhã” (Génesis 1:5, 8, etc.). O termo foi usado no singular, não no plural, significando um dia único.

Portanto, os sete dias da criação devem ser entendidos como uma unidade completa de tempo, introduzida pelo número cardinal ‘echad (um), seguido por números ordinais (segundo, terceiro, quarto, etc.). Este padrão indica uma sequência consecutiva de dias, culminando no sétimo dia. Não há indicação, no uso dos termos nem na própria forma narrativa, de
que devesse haver algum intervalo entre estes dias. Os sete dias da criação são, realmente, dias literais, como descrevemos os dias hoje.

Além disto, a natureza literal do dia foi tomada como certa quando Deus escreveu com o próprio dedo o quarto mandamento, indicando que o fundamento para o sétimo dia, o sábado, repousa na sequência de uma semana da criação de sete dias literais.

Além da criação em Génesis, temos a recriação, na segunda vinda de Cristo, quando Deus transformará a mortalidade em imortalidade “num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta” (1 Coríntios 15:52). Se Deus recria instantaneamente, porque usaria Ele bilhões de anos para a primeira criação, como ensina a evolução teísta?