Quinta-feira, 13 de Fevereiro
5. Leia Daniel 6:24-28. Que testemunho deu o rei sobre Deus?
Um ponto importante da narrativa é o facto de Dario ter louvado a Deus e reconhecido a Sua soberania. Isto é uma culminação, até mesmo um clímax, dos louvores ou expressões de reconhecimento oferecidos a Ele nos capítulos anteriores (Daniel 2:20-23; 3:28, 29; 4:1-3, 34-37). Como Nabucodonosor, Dario respondeu ao livramento de Daniel louvando o Senhor. Mas ele também fez mais: o rei reverteu o seu decreto anterior e ordenou a todos que tremessem e temessem “perante o Deus de Daniel” (Daniel 6:26).
O profeta foi salvo miraculosamente, a sua fidelidade foi recompensada, o mal foi punido e a honra e o poder de Deus foram vindicados. Vemos aqui um pequeno exemplo do que ocorrerá em escala universal: o povo de Deus terá livramento, o mal será punido, e o Senhor será vindicado perante o Universo.
6. Leia Daniel 6:24. O que é um pouco problemático neste verso? Porquê?
No entanto, há um problema perturbador: as esposas e os filhos que, até onde sabemos, eram inocentes e, contudo, sofreram o mesmo destino dos culpados. Como podemos explicar o que parece ser um mau uso da justiça?
Primeiro, devemos notar que a ação foi decidida e implementada pelo rei de acordo com a lei persa, que incluía a família na punição do culpado. De acordo com um princípio antigo, toda a família era responsável pela transgressão de um membro da família. Isso não significa que esta prática esteja certa; significa apenas que o relato se encaixa com o que sabemos sobre a lei persa.
Em segundo lugar, devemos observar que a narrativa bíblica relata o evento, mas não endossa a ação do rei. De facto, a Bíblia proíbe claramente que os filhos sejam mortos por causa dos pecados dos pais (Deuteronómio 24:16).
Diante de injustiças como esta e tantas outras, como pode obter conforto de textos como 1 Coríntios 4:5? O que afirma este texto, e porque é tão importante o argumento que ele defende?