29.3.19

“Um Novo Céu e uma Nova Terra”

Quarta-feira, 27 de Março

Depois da erradicação do pecado, a Terra será transformada no lar dos remidos. Como será ela?

Em Apocalipse 21:1, João relata a visão de “um novo Céu e uma nova Terra” (NVI). A Bíblia faz referência a três céus: o firmamento, o espaço sideral e o lugar em que Deus habita (veja 2 Coríntios 12:2). Em Apocalipse 21:1, há uma referência à atmosfera da Terra. O planeta contaminado e o Céu não poderão suportar a presença de Deus (Apocalipse 20:11). Em grego, a palavra “novo” (kainós) refere-se a algo novo em qualidade, não em origem nem em tempo. Este planeta será purificado pelo fogo e restaurado ao seu estado original (2 Pedro 3:10-13).

A primeira coisa observada por João na nova Terra foi que não havia mar, o que é especialmente interessante. O facto de João se ter referido “[ao] mar” (com o artigo definido) mostra que ele provavelmente tivesse em mente o mar que o cercava em Patmos, que se tinha tornado um símbolo de separação e sofrimento. Para João, a ausência desse mar na nova Terra significava a ausência da dor causada pela sua separação daqueles a quem ele amava.

5. Leia Apocalipse 21:2-8 e 7:15-17. Que paralelos existem na descrição da nova Terra e do Jardim do Éden, em Génesis 2?

A presença de Deus entre o Seu povo garantirá uma vida sem sofrimento e sem morte na Terra renovada. Essa presença manifestar-se-á na Nova Jerusalém, e o “tabernáculo de Deus” (Apocalipse 21:3), onde Ele habitará entre o Seu povo. A presença do Senhor tornará a vida na Terra renovada verdadeiramente um paraíso.

A presença de Deus garantirá a libertação do sofrimento. Não haverá mais lágrimas, morte, tristeza, choro nem dor, que são consequências do pecado. Com a erradicação do pecado, “as primeiras coisas” terão passado (Apocalipse 21:4).

Esta ideia foi bem articulada por Maria e Marta na morte do seu irmão Lázaro: “Senhor, se estivesses aqui o meu irmão não teria morrido” (João 11:21, NVI). As irmãs sabiam que a morte não podia existir na presença de Cristo. Da mesma forma, a presença permanente de Deus na nova Terra assegurará a libertação da dor e do sofrimento que experimentamos nesta vida. Essa é a grande esperança que nos foi prometida em Cristo, uma esperança selada com o Seu sangue.

Porque esta promessa de uma nova existência num mundo novo é tão central para o nossa crença? Sem ela, de que serviria a nossa fé?