Quarta-feira, 27 de Dezembro
Nesta discussão sobre o não julgar os que entendem algumas coisas de maneira diferente da nossa e não ser pedra de tropeço para os que podem ser ofendidos pelas nossas ações, Paulo trouxe à tona a questão dos dias especiais que alguns desejavam observar e outros não.
8. Leia Romanos 14:4-10. Como devemos entender o que Paulo declarou nestes versos? Isto tem a ver com o quarto mandamento? Porque?
Sobre que dias estava Paulo a falar? Havia um conflito na igreja primitiva a respeito da observância ou não observância de certos dias? Aparentemente, sim. Obtemos uma pista em Gálatas 4:9, 10, em que Paulo repreendeu os cristãos da Galácia por observarem “dias, e meses, e tempos, e anos”. Como observamos na lição 2, alguns membros da igreja haviam persuadido os cristãos da Galácia a ser circuncidados e a guardar outros preceitos da lei de Moisés. Paulo temia que essas ideias também prejudicassem a igreja romana. Contudo, talvez em Roma, particularmente os judeus cristãos tiveram dificuldade em se convencer de que já não precisavam de observar as festas judaicas. Paulo estava a dizer neste texto: faça o que quiser com relação a este assunto; o ponto importante é não julgar aqueles que entendem o assunto de maneira diferente. Parece que alguns cristãos, para não correr riscos, decidiram observar uma ou mais festas judaicas. O conselho de Paulo é: deixem que o façam se estiverem convencidos de que devem fazê-lo.
Aplicar o sábado semanal ao texto de Romanos 14:5, como alguns argumentam, não tem fundamento e é ilegítimo. Consegue imaginar Paulo a agir de maneira tão descuidada em relação ao quarto mandamento? Como vimos durante o trimestre, o apóstolo enfatizou a obediência à lei; portanto, ele certamente não colocaria o mandamento do sábado na mesma categoria das pessoas que estavam confusas quanto a comer ou não alimentos que pudessem ter sido oferecidos aos ídolos. Por mais que este texto seja comumente utilizado como exemplo de que o sábado (sétimo dia) já não é válido, não é esse o seu significado. Usar o texto desta maneira é um perfeito exemplo do que as pessoas faziam com os escritos de Paulo, de acordo com a seguinte advertência de Pedro: “Ao [Paulo] falar acerca destes assuntos, como, de facto, costuma fazer em todas as suas epístolas, nas quais há certas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles” (2 Pedro 3:16).
Qual tem sido a sua experiência com o sábado? Tem sido a bênção que deveria ser? Que mudanças pode fazer para experimentar mais plenamente o que o Senhor lhe oferece no sábado?