20.2.22

Jesus, O Sacrifício Perfeito - Porque Eram Necessários Os Sacrifícios?

Lição 9, 19 a 25 de Fevereiro


Sábado à tarde

VERSO ÁUREO: “Porque com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados.” Hebreus 10:14

LEITURAS DA SEMANA: Hebreus 9:15; Génesis 15:6- 21; Jeremias 34:8-22; Efésios 3:14-19; Hebreus 7:27; 10:10; 9:22-28

A ideia de que um homem considerado culpado e executado na cruz fosse adorado como Deus era uma ofensa às pessoas da antiguidade. A referência escassa à cruz na literatura romana mostra a aversão a este pensamento. A lei dos judeus declarava que o homem que fosse pendurado no madeiro era amaldiçoado por Deus (Deuteronómio 21:23).

Assim, os primeiros motivos que encontramos nas pinturas cristãs das catacumbas foram o pavão (supostamente simbolizando a imortalidade), a pomba, a palma da vitória do atleta e o peixe. Mais tarde, outros temas apareceram: a arca de Noé; Abraão a sacrificar o carneiro em vez de Isaque; Daniel na cova dos leões; Jonas a ser cuspido pelo peixe; um pastor a levar um cordeiro; ou representações de milagres como a cura do paralítico e a ressurreição de Lázaro. Estes eram símbolos de salvação, vitória e cuidado. A cruz, por outro lado, transmitia uma sensação de derrota e vergonha. No entanto, foi a cruz que se tornou o emblema do cristianismo. Na verdade, Paulo simplesmente chamou ao evangelho “a palavra da cruz” (1 Coríntios 1:18).

Nesta semana, vamos analisar a cruz no livro de Hebreus.

Domingo, 20 de Fevereiro


Hebreus 9:15 explica que a morte de Jesus como sacrifício teve o propósito de oferecer “remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento”, para que o povo de Deus pudesse receber “a promessa da herança eterna”.

No antigo Oriente Próximo, uma aliança entre duas pessoas ou nações era algo sério que envolvia uma troca de promessas sob juramento, e isso implicava a suposição de que os deuses puniriam os que quebrassem o voto. Muitas vezes estas alianças eram ratificadas através do sacrifício de um animal.

Por exemplo, quando Deus fez uma aliança com Abraão, a cerimónia envolveu o acto de cortar animais ao meio (Génesis 15:6-21). As partes caminhariam entre os pedaços em reconhecimento de que aqueles animais representavam o destino de quem quebrasse a aliança. Apenas Deus andou entre os animais, para comunicar a Abraão que Ele não quebraria a Sua promessa.

1. Compare Génesis 15:6-21 e Jeremias 34:8-22. O que ensinam estes textos sobre a aliança?

A aliança com Deus deu a Israel acesso à terra prometida como herança. Envolvia, no entanto, um conjunto de mandamentos e a aspersão de sangue sobre um altar, o que apontava o destino da parte que quebrasse a aliança. Hebreus diz que “sem derramamento de sangue não há remissão” [dos pecados] (Hebreus 9:22).

Quando Israel quebrou a aliança, Deus enfrentou um dilema doloroso. A aliança exigia a morte dos transgressores, mas o Senhor amava o Seu povo. Se Ele simplesmente desviasse o olhar ou Se recusasse a puni-los, os Seus mandamentos seriam invalidados, e este mundo mergulharia no caos.

Porém, o Filho de Deus ofereceu-Se como Substituto. Ele morreu no nosso lugar para que pudéssemos receber “a promessa da herança eterna” (Hebreus 9:15, 26; Romanos 3:21-26). Isto é, Ele defenderia a santidade da Sua lei e, ao mesmo tempo, ia salvar os que a violassem. Isto só podia ser feito através da cruz.

Porque é que a lei é tão central na mensagem do evangelho?