18.2.22

A Nova Aliança Tem Melhores Promessas - A Nova Aliança E O Novo Coração

Quarta-feira, 16 de Fevereiro


Podemos ser tentados a pensar que a nova aliança tenha “melhores promessas.” no sentido de que apresenta recompensas maiores do que a antiga (uma pátria celestial, vida eterna, etc.). A verdade é que Deus ofereceu aos crentes do Velho Testamento as mesmas recompensas que nos oferece (leia Hebreus 11:10, 13-16). Em Hebreus 8:6, as “melhores promessas” falam sobre diferentes tipos de promessas.

A aliança entre Deus e Israel foi uma troca formal de promessas. Deus tomou a iniciativa de libertar Israel do Egipto e prometeu conduzi-lo à terra prometida.

4. Compare Êxodo 24:1-8 e Hebreus 10:5-10. Quais são as semelhanças e diferenças entre estas duas promessas?

A aliança entre Deus e Israel foi ratificada com sangue, aspergido tanto sobre o altar, que representava Deus, quanto sobre as doze colunas, que representavam o povo. O povo de Israel prometeu obedecer a tudo o que o Senhor tinha dito.

“A condição para a vida eterna ainda é a mesma que sempre foi: perfeita obediência à lei de Deus, perfeita justiça, exatamente como era no Paraíso, antes da queda dos nossos primeiros pais. Se a vida eterna nos fosse concedida sob qualquer condição inferior a esta, a felicidade de todo o Universo estaria a correr perigo. Estaria aberto o caminho para que o pecado com toda a sua miséria se perpetuasse.” Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 39

Deus satisfez as exigências da nova aliança, pois deu o Seu próprio Filho para vir e viver uma vida perfeita para que as promessas da aliança pudessem ser cumpridas Nele, e então-nos oferecidas, pela fé em Jesus. A obediência de Jesus garante as promessas da aliança (Hebreus 7:22). Ela requer que Deus dê a Jesus as Suas bênçãos, as quais nos são então concedidas. Aqueles que estão “em Cristo” desfrutarão destas promessas com Ele. Em segundo lugar, Deus dá-nos o Seu Espírito Santo para nos capacitar a cumprir a Sua lei.

Cristo satisfez as exigências da aliança; portanto, o cumprimento das promessas de Deus para nós não é incerto. Como é que isto ajuda a entender o significado de 2 Coríntios 1:20-22?

Quinta-feira, 17 de Fevereiro


5. Compare as promessas da nova aliança em Jeremias 31:33 e Ezequiel 36:26, 27. Como é que elas se relacionam?

O primeiro documento da aliança foi escrito por Deus em tábuas de pedra e depositado na arca da aliança como testemunha (Êxodo 31:18; Deuteronómio 10:1-4). Documentos escritos em pedra, no entanto, podem ser partidos; e pergaminhos podiam ser cortados e queimados (Jeremias 36:23).

Entretanto, Deus ia escrever a Sua lei no coração do povo. O coração refere-se à mente, o órgão da memória e do entendimento (Jeremias 3:15; Deuteronómio 29:4), onde se tomam as decisões conscientes (Jeremias 3:10; 29:13).

Esta promessa não só garantia a todos o acesso à lei e o conhecimento dela, mas também promovia uma mudança no coração da nação. O problema de Israel era que o seu pecado estava “escrito com um ponteiro de ferro, com ponta de diamante, gravado na tábua do seu coração” (Jeremias 17:1). O povo tinha um coração duro (Jeremias 13:10; 23:17); portanto, era-lhe impossível fazer o que é certo (Jeremias 13:23).

Jeremias não anunciou uma mudança na lei, porque o problema não era a lei, mas o coração. Deus queria que a fidelidade de Israel fosse uma resposta grata ao que o Senhor tinha feito por ele; então deu-lhe os Dez Mandamentos com um prólogo histórico, expressando o Seu amor e cuidado (Êxodo 20:1, 2). Deus queria que Israel obedecesse às Suas leis como um reconhecimento de que Ele queria o seu bem, facto revelado na grande libertação do Egipto. A sua obediência devia ser uma expressão de gratidão, uma manifestação da realidade do relacionamento entre eles.

O mesmo é verdade para nós. O amor e o cuidado de Jesus em morrer por nós é o prólogo da nova aliança (Lucas 22:20). A verdadeira obediência vem do coração como expressão de amor (Mateus 22:34-40). Este amor é a marca distintiva da presença do Espírito Santo na vida do crente. Deus derrama o Seu amor sobre nós através do Seu Espírito (Romanos 5:5), que é expresso em amor (Gálatas 5:22).

Se o antigo Israel devia amar a Deus, mesmo sem a compreensão da morte de Cristo, quanto mais devemos nós amá-Lo? Como é que a obediência manifesta a realidade deste amor?

Sexta-feira, 18 de Fevereiro

Estudo adicional: “Se o nosso coração for renovado à semelhança de Deus, se o amor divino estiver nele implantado, é claro que viveremos em obediência à lei de Deus. Quando o princípio do amor domina o coração, quando o ser humano é renovado segundo a imagem Daquele que o criou, a promessa do novo concerto é cumprida: ‘Porei as minhas leis em seus corações, E as escreverei em seus entendimentos’ (Hebreus 10:16). E se a lei estiver escrita no coração, claramente ela moldará a vida. A obediência – o nosso serviço e compromisso de amor – é o verdadeiro sinal do discipulado. [...] ‘Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade.’ (1 João 2:4). Em vez de dispensar as pessoas da obediência, é a fé – e apenas a fé – que nos torna participantes da graça de Cristo, capacitando-nos a obedecer. [...]

Quanto mais perto estiver de Jesus, mais cheio de faltas se sentirá a seus próprios olhos, pois a sua visão ficará mais clara, e as suas imperfeições serão vistas em amplo e distinto contraste com a natureza perfeita de Cristo. Isto é prova de que os enganos de Satanás perderam o seu poder, e que a influência vivificante do Espírito de Deus está a despertá-lo.

Quem não reconhece a própria pecaminosidade não consegue desenvolver um amor mais profundo por Jesus. A pessoa que é transformada pela graça de Cristo passará a admirar o Seu carácter divino; mas o facto de não ver a própria deformidade moral é uma inequívoca evidência de que não tivemos uma visão da beleza e da excelência de Cristo.” Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 60, 61, 64, 65

Perguntas para discussão:

1. Segundo Ellen G. White, quanto mais nos aproximarmos de Cristo, mais veremos os nossos pecados. Como podemos evitar que os nossos defeitos destruam a nossa fé?

2. A lei está a ser escrita no nosso coração. O que significa isto? A compreensão e a prática desta verdade ajudam a evitar o legalismo, as “obras mortas” (Hebreus 9:14)?