Lição 13, 19 a 25 de Junho
Sábado à tarde
VERSO ÁUREO: “…eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância.” João 10:10
LEITURAS DA SEMANA: 1 João 1:4; João 5:24; Romanos 3:24, 25; 2 Coríntios 5:21; 1 João 4:16; Apocalipse 2:11; 20:6, 14; 21:8
O estudo deste trimestre foi sobre a aliança que, para simplificar, é Deus a dizer, basicamente: É assim que vos vou salvar do pecado. Ponto final.
Embora o resultado, o grandioso final da promessa da aliança, seja evidentemente a vida eterna num mundo renovado, não precisamos esperar que chegue esse dia para desfrutar das bênçãos da aliança. O Senhor interessa-Se pela nossa vida hoje; Ele deseja o melhor para nós agora. A aliança não é um negócio em que faz uma série de coisas e depois, muito tempo depois, vai receber a sua retribuição. Os que entram pela fé na relação de aliança podem desfrutar das bênçãos, recompensas e dons aqui e agora.
A lição desta semana, a última da nossa série sobre a aliança, analisa algumas destas bênçãos imediatas, algumas promessas que vêm pela graça de Deus derramada no nosso coração porque, ao ouvirmos o Senhor bater, abrimos a porta. É evidente que há muito mais bênçãos do que poderemos abordar nesta semana. Mas isto é apenas o começo de algo que realmente jamais terá fim.
Resumo da semana: Porque devemos sentir alegria? Com que base podemos reivindicar esta promessa? Porque é que a aliança nos deve libertar do fardo da culpa? O que significa ter um novo coração?
Domingo, 20 de Junho
Alegria
“E escrevemos estas coisas para que a nossa alegria seja completa” (1 João 1:4). Examine o que João escreveu neste verso. Em palavras simples, ele expressou uma das grandes vantagens que nós temos como povo da aliança: a promessa da alegria.
Como cristãos, somos instruídos muitas vezes a não nos firmarmos em sentimentos; a entender que fé não é sentimento e que precisamos ir além dos nossos sentimentos. Tudo isto é verdade. Mas, ao mesmo tempo, não seríamos seres humanos se não fôssemos criaturas de sentimentos, emoções e estados de ânimo. Não podemos negar os nossos sentimentos; precisamos compreendê-los, dar-lhes a sua função adequada e, tanto quanto possível, mantê-los controlados. Porém, negá-los é negar o que significa ser humano. Realmente, como declara este verso, não apenas devemos ter sentimentos (neste caso, a alegria), mas eles devem ser plenos. Não parece que os sentimentos devam ser negados, não é?
1. Leia o contexto do verso acima, no início do capítulo 1 de João. O que é que ele escreveu aos primeiros cristãos e que esperava que os enchesse de plena alegria? Porque é que esta esperança lhes deveria dar alegria?
João foi um dos doze primeiros discípulos de Jesus e esteve presente, quase desde o início do ministério de três anos e meio de Cristo, testemunhando algumas das coisas mais maravilhosas sobre Jesus (ele esteve junto à cruz, no Getsémani e na transfiguração). Portanto, como testemunha ocular, João era certamente qualificado para falar sobre este assunto.
No entanto, observe também que a ênfase não estava nele mesmo, mas no que Jesus tinha feito pelos discípulos para que eles tivessem comunhão não apenas uns com os outros, mas com Deus. Jesus abriu o caminho para que entrássemos neste relacionamento íntimo com o Senhor; e um dos resultados desta comunhão é a alegria. João desejava que as pessoas soubessem que aquilo que tinham ouvido sobre Jesus era verdade (ele tinha-O visto, tocado, sentido e ouvido) e que, portanto, também podiam entrar num relacionamento alegre com o seu Pai celestial, que as amava e que Se tinha entregado por elas através do Seu Filho.
João deu o seu testemunho pessoal. O testemunho sobre o seu relacionamento com Jesus pode aumentar a alegria de alguém no Senhor, como João buscou fazer naquela ocasião?
Segunda-feira, 21 de Junho
Livres Da Culpa
“Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito.” Romanos 8:1
Uma jovem tinha sido brutalmente assassinada, por um assassino desconhecido. A polícia preparou uma armadilha, escondendo um microfone no túmulo. Uma noite, meses depois da morte da mulher, um rapaz aproximou-se da sepultura e, ajoelhado e aos prantos, implorou o perdão da jovem morta. A polícia, ao ouvir as palavras do rapaz, prendeu-o pelo crime.
O que levou o homem àquele túmulo? Foi a culpa. O que mais poderia ser?
Mesmo que não tenhamos feito algo tão mau como o que aquele jovem fez, somos culpados. Todos fizemos coisas das quais nos envergonhamos, coisas que gostaríamos de desfazer, mas não podemos.
Graças a Jesus e ao sangue da nova aliança, ninguém precisa viver sob o estigma da culpa. De acordo com Romanos 8:1, não há condenação contra nós. O Juiz supremo não nos considera culpados. Ele vê-nos como se não tivéssemos feito as coisas das quais nos sentimos culpados.
2. Como nos ajudam os seguintes versos a entender Romanos 8:1? João 5:24; Romanos 3:24, 25; 2 Coríntios 5:21
Uma das grandes promessas do relacionamento de aliança com o Senhor é que já não temos que viver sob o peso da culpa. Por causa do sangue da aliança, nós – que escolhemos entrar na aliança com Deus, que escolhemos obedecer às condições da fé, arrependimento e obediência – podemos ter o fardo da culpa removido. Quando Satanás sussurrar aos nossos ouvidos que somos maus, que somos pecadores demais para ser aceitos por Deus, podemos fazer o que Jesus fez quando Satanás O tentou no deserto: podemos citar as Escrituras. E um dos melhores versos para citar é Romanos 8:1. Isto não significa negar a realidade do pecado na nossa vida; significa, em vez disso, que por causa da relação de aliança que temos com o Senhor, já não vivemos sob a condenação desse pecado. Jesus pagou a pena por nós, e agora está na presença do Pai, apresentando o Seu próprio sangue em nosso favor, apresentando a Sua própria justiça em vez dos nossos pecados.
O Senhor perdoou todos os nossos pecados. Este facto faz diferença na sua vida e ajuda-o a lidar com os que pecaram contra si? Isto influencia a sua maneira de lidar com eles?
Terça-feira, 22 de Junho
Nova Aliança E Novo Coração
“Para que Cristo habite, pela fé, no vosso coração; a fim de, estando arraigados e fundados em amor, poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus.” Efésios 3:17-19
Nas lições anteriores deste trimestre vimos que, na nova aliança, o Senhor põe a lei no nosso coração (Jeremias 31:31-33). Não só a lei está no nosso coração, mas de acordo com os textos de hoje, Cristo também está, e isto faz sentido, pois Cristo e a Sua lei estão intimamente ligados. Portanto, com a lei no nosso coração, e com o Senhor a habitar também ali (a palavra grega traduzida como “habitar” significa também “estabelecer-se”, dando a ideia de permanência), chegamos a outro grande benefício da aliança: um novo coração.
3. Porque precisamos de um coração novo? Que mudanças se manifestarão naqueles que têm um coração novo?
Leia Efésios 3:17-19. Observe que Paulo enfatizou o elemento do amor, dizendo que devemos estar “enraizados e alicerçados” nele. Estas palavras sugerem estabilidade, firmeza e permanência no fundamento do amor. A nossa fé não significa nada se não estiver enraizada no amor a Deus e no amor aos outros (Mateus 22:37-39; 1 Coríntios 13). Este amor não surge no vazio. Pelo contrário, ele surge porque tivemos um vislumbre do amor de Deus por nós, manifestado por Jesus (um amor que “excede todo o entendimento”). Como resultado, a nossa vida e coração são transformados, e nos tornamos novas pessoas com novos pensamentos, novos desejos e novos objectivos. A nossa reacção ao amor de Deus por nós transforma o nosso coração e promove amor aos outros. Talvez Paulo tenha pensado nisto, pelo menos parcialmente, ao falar sobre sermos cheios da “plenitude de Deus”.
4. Como se relaciona 1 João 4:16 com o que Paulo escreveu em Efésios 3:17-19?
O que pode fazer para permitir que as promessas destes textos se cumpram em si? Existem coisas que precisa mudar, que talvez o estejam a impedir de experimentar a “plenitude de Deus” (Efésios 3:19)? Se desejar, partilhe com a classe.
Quarta-feira, 23 de Junho
Nova Aliança E Vida Eterna
“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá. Crês tu isso?” João 11:25, 26
Existem duas dimensões da vida eterna. A dimensão presente proporciona ao cristão uma experiência de vida abundante hoje (João 10:10), que inclui as muitas promessas que recebemos para a nossa vida aqui na Terra.
A dimensão futura é, evidentemente, a vida eterna – a promessa da ressurreição (João 5:28, 29; 6:39). Embora ainda esteja no futuro, este é o único evento que faz todo o restante valer a pena, que coroa todas as nossas esperanças como cristãos.
5. O que quis Jesus dizer com os versos de hoje? Onde se encontra a vida eterna? Ele disse que os que vivem e crêem Nele, ainda que morram, jamais morrerão eternamente. Como podemos entender estas palavras? Apocalipse 2:11; 20:6, 14; 21:8
Todos os seres humanos morrem, mas, de acordo com Jesus, essa morte é apenas um sono, um hiato temporário que – para os que Nele crêem – terminará na ressurreição. Quando Cristo retornar, os que morreram Nele ressuscitarão imortais, e os seguidores de Cristo que estiverem vivos serão, num piscar de olhos, transformados em imortais. Todos os fiéis terão o mesmo tipo de corpo glorificado. A imortalidade começará nesse momento para o povo de Deus.
Que grande alegria saber que o nosso fim não está na sepultura, mas teremos uma nova vida, que durará para sempre!
“Cristo tornou-Se uma mesma carne connosco, a fim de nos podermos tornar um espírito com Ele. É em virtude dessa união que havemos de ressurgir do sepulcro — não somente como manifestação do poder de Cristo, mas porque, mediante a fé, Sua vida se tornou nossa. Os que vêem a Cristo em Seu verdadeiro caráter, e O recebem no coração, têm vida eterna. É por meio do Espírito que Cristo habita em nós; e o Espírito de Deus, recebido no coração pela fé, é o princípio da vida eterna.” Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 268
De que modo podemos desfrutar agora dos benefícios da vida eterna? O que faz esta promessa por nós hoje? Escreva alguns exemplos práticos. Como poderia partilhar esta esperança com alguém que está a lutar com a morte de um ente querido e outros problemas?
Quinta-feira, 24 de Junho
Nova Aliança E Missão
“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!” Mateus 28:19, 20
Em todo o mundo, as pessoas lutam muitas vezes com o que o escritor sul-africano Laurens Van Der Post chamou “o fardo da falta de sentido”. As pessoas descobrem-se com o dom da vida, mas não sabem o que fazer com ele, não sabem qual é o propósito deste dom e não sabem como o usar. É como dar a alguém uma biblioteca cheia de livros raros e a pessoa não os ler, mas usá-los para fazer fogueiras. Que terrível desperdício de algo tão precioso!
Entretanto, o cristão da nova aliança não precisa de lutar contra este problema. Pelo contrário, os que conhecem (e experimentam pessoalmente) as notícias maravilhosas de um Salvador crucificado e ressuscitado, que morreu pelos pecados de cada ser humano em todos os lugares, para que todos pudessem ter a vida eterna, conhecem a alegria. Considerando o incontestável chamado em Mateus 28:19, 20, o cristão certamente tem uma missão e um propósito de vida, que é espalhar ao mundo a maravilhosa verdade que ele experimentou pessoalmente em Cristo Jesus. Que privilégio! Quase tudo que fazemos aqui acabará quando este mundo terminar. Mas a pregação do evangelho a outras pessoas é uma obra que produzirá resultados para a eternidade. Que sentido de missão e propósito!
6. Separe os diversos elementos dos versos de hoje. Que coisas específicas nos estava Jesus a mandar fazer, e o que estava envolvido em cada uma delas? Que promessas nos dão fé e coragem para fazer o que Cristo ordena?
Como cristãos da nova aliança, recebemos uma ordem clara do próprio Senhor. Não importa quem somos nem a nossa condição de vida, nem quais sejam os nossos limites, todos podemos desempenhar uma função. Tem feito alguma coisa? Pode fazer mais? O que pode a sua classe fazer, em conjunto, para ter uma função maior nesta obra?