Quinta-feira, 12 de Dezembro
O zelo de Neemias pelo Sábado é admirável. Ele tinha tanto entusiasmo por observar corretamente o dia do Senhor que até prometeu prender os mercadores de outras nações. Noutras palavras, ele teria agido pessoalmente se os tivesse surpreendido mais uma vez dentro da cidade ou nos portões no dia de Sábado. Como governador, ele tinha a responsabilidade oficial de garantir que o mandamento fosse cumprido.
“Neemias repreendeu-os destemidamente pela sua negligência do dever. ‘Que mal é este que fazeis, profanando o dia de Sábado?’, ele inquiriu asperamente. ‘Porventura, não fizeram os vossos pais assim, e o nosso Deus não trouxe todo este mal sobre nós e sobre esta cidade? E vós ainda mais acrescentais o ardor da Sua ira sobre Israel, profanando o Sábado’. E ordenou-lhes então que ‘dando das portas de Jerusalém já sombra antes do sábado’ (Neemias 13:17-19), fossem elas fechadas, e não se abrissem mais até passado o Sábado; e tendo mais confiança em seus próprios servos do que naqueles que os magistrados de Jerusalém pudessem apontar, ele os colocou nas portas da cidade para que as suas ordens fossem executadas.” Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 671, 672
A advertência de Neemias sobre a profanação do Sábado, junto com outras exortações sobre a transgressão desse dia, parece ter ecoado através dos séculos até ao tempo de Jesus. Sabemos isto porque os evangelhos retratam repetidamente Jesus num embate com os líderes religiosos sobre a devida guarda do Sábado.
6. Leia Mateus 12:1-8, Marcos 3:1-6, Lucas 6:6-11 e João 5:5-16. Qual foi o problema mencionado nestas passagens? Uma compreensão da história do antigo Israel ajuda a explicar a razão do conflito ter surgido?
No seu zelo equivocado para evitar a “profanação” do Sábado, os líderes religiosos eram tão fanáticos que acusaram Jesus, o “Senhor do Sábado” (Lucas 6:5), de o transgredir. Realmente, na tentativa de defender uma coisa boa, eles foram longe demais! A ironia é que, enquanto muitos destes homens expressavam grande preocupação com a Lei, esqueciam os seus preceitos mais importantes: “a justiça, a misericórdia e a fé” (Mateus 23:23).
De que modo podemos, individualmente e como igreja, evitar os erros dos tempos bíblicos, em relação ao Sábado e outras coisas que acreditamos serem importantes para a fé? O que fazer para neutralizar o fanatismo e o liberalismo?