17.4.18

O Tema do Santuário no Apocalipse

Terça-feira, 17 de Abril

Além das duas principais divisões, no livro do Apocalipse há também outra camada estrutural, fundamentada no santuário hebraico. Este tema do santuário não se limita a nenhuma das duas principais divisões, mas percorre ambas.

No santuário terrestre, o ritual começava no pátio, no altar do holocausto, onde os animais eram mortos. Após a morte do animal, símbolo do sacrifício na cruz, o sacerdote entrava no primeiro compartimento do santuário, o que era um modelo do que Cristo fez no santuário celestial após a Sua ascensão. Isso é representado pela cena de Jesus a caminhar entre os candelabros (Apocalipse 1:13).

4. Leia Apocalipse 4:1 e 2. O que representa a porta aberta? Onde se localiza essa cena? (Veja também Atos 2:33; 5:31; Efésios 1:20; Hebreus 10:12, 13; Salmos 110:1; Apocalipse 12:5).

Logo após a Sua ascensão, Cristo foi entronizado no lugar santo do templo celestial, através desta primeira porta aberta. Quando Jesus aparece pela primeira vez no livro do Apocalipse, Ele está diante dos candelabros, no primeiro compartimento no santuário celestial (veja Apocalipse 1:10-18).

5. Leia Apocalipse 11:19. Quando o templo celestial foi aberto, João pôde ver a arca da aliança, que, no caso do santuário terrestre, ficava no segundo compartimento. Qual é a importância deste facto? (Veja Levítico 16:12-14).

A imagem da arca da aliança no santuário celestial é uma referência incontestável ao lugar santíssimo, ou o segundo compartimento do santuário celestial. No livro do Apocalipse, podemos observar não apenas o ministério de Jesus nos dois compartimentos, mas o facto crucial e confortador de que os acontecimentos no Céu e na Terra estão interligados. Mesmo em meio às provações da história e dos últimos dias, descritas no livro do Apocalipse, podemos ter a certeza de que “todo o Céu está empenhado na obra de preparar um povo para enfrentar o dia de preparação do Senhor. A ligação entre o Céu e a Terra parece muito íntima. ...” (Ellen G. White, Minha Consagração Hoje [Meditação Matinal, 1952], p. 287.7).