17.3.20

Roma e o Príncipe da Aliança

Terça-feira, 17 de Março

4. Leia Daniel 11:16-28. Embora o texto seja difícil, que imagens encontramos nesta passagem que aparecem noutras partes de Daniel?

Uma transição no poder dos reis helenistas para Roma pagã parece ser descrita em Daniel 11:16: “O que, pois, vier contra ele fará o que bem quiser, e ninguém poderá resistir a ele; estará na terra gloriosa, e tudo estará em suas mãos”. A “terra gloriosa” é Jerusalém, região em que existiu o antigo Israel, e o novo poder que ocupou esta região foi Roma pagã. O mesmo evento também é representado na expansão horizontal do chifre pequeno, que atinge a “terra gloriosa” (Daniel 8:9). Portanto, parece claro que o poder no comando do mundo naquele momento era Roma pagã.

Algumas pistas adicionais no texto bíblico reforçam esta percepção. Por exemplo, a expressão “um cobrador de impostos” (Daniel 11:20) deve ser uma referência a César Augusto. Foi durante o seu reinado que Jesus nasceu, visto que Maria e José viajaram para Belém para a realização do censo (Daniel 11:20). Além disso, de acordo com a profecia, este governante seria sucedido por um “homem vil” (Daniel 11:21). Como mostra a história, Augusto foi sucedido por Tibério, o seu filho adotivo. Tibério é conhecido por ter sido um homem excêntrico e vil.

Um facto ainda mais importante é que, de acordo com o texto bíblico, durante o reinado de Tibério, o “príncipe da aliança” seria quebrado (Daniel 11:22). Isto refere-se claramente à crucificação de Cristo, também chamado de “Ungido” e “Príncipe” (Daniel 9:25; veja também Mateus 27:33-50), visto que Ele foi morto durante o reinado de Tibério. A referência a Jesus nesta passagem como “o Príncipe da aliança” é um indicador impressionante que mostra o fluxo de eventos históricos, dando novamente aos leitores uma evidência poderosa da surpreendente presciência de Deus. Se Ele teve razão a respeito de tudo o que ocorreu antes em cumprimento destas profecias, podemos certamente confiar nas Suas declarações quanto ao que ocorrerá no futuro.

Mesmo entre todos os eventos políticos e históricos, Jesus de Nazaré, “o Príncipe da aliança”, é revelado no texto. Isto não nos mostra que, apesar de toda a agitação e intriga política, Jesus permanece no centro das Escrituras?