Terça-feira, 13 de Setembro
Disposição Para Ouvir
“Então veio o Senhor, e pôs-se ali, e chamou como das outras vezes: Samuel, Samuel. E disse Samuel: Fala, porque o teu servo ouve.” 1 Samuel 3:10
Já ouviu aquela voz mansa e delicada do Espírito Santo, mas ignorou-a? Consequentemente, tudo correu mal, e pensou mais tarde: porque não ouvi?
O primeiro livro de Samuel descreve a história de um homem e dois filhos maus que não deram ouvidos ao Senhor; descreve também a história de um menino que O ouviu. Embora houvessem fortes advertências de Deus, aqueles que precisavam mudar o seu comportamento não o fizeram.
3. Leia 1 Samuel 2:12–3:18. Que contraste fica aparente entre aqueles que ouvem a Deus e aqueles que não O ouvem?
Os filhos de Eli tinham outros interesses em mente além da vontade de Deus. Embora Eli tenha falado com os seus filhos depois de ter ouvido o que Deus queria, parece que ele não fez mais nada além disso. Os seus filhos obviamente não estavam prontos para submeter a vida à vontade divina. Que contraste com o jovem Samuel!
O pregador Charles Stanley descreveu como é essencial cultivar a disposição para ouvir a voz de Deus e chamou a isso a “mudança para o neutro”. Ele disse: “O Espírito Santo [...] não fala para transmitir informações, e sim para obter uma resposta. E Ele sabe quando os nossos interesses têm uma fatia tão grande da nossa atenção que é uma perda de tempo sugerir algo em contrário. Quando este é o caso, Ele geralmente fica em silêncio e espera que nos tornemos suficientemente neutros para ouvir e finalmente obedecer” (The Wonderful Spirit-Filled Life [Nashville, TN: Thomas Nelson Publishers], 1992, p. 179, 180).
O que quis Stanley dizer com tornar-se “suficientemente neutros”? Quando pensa sobre a sua abertura para Deus, o que o impede muitas vezes de ser “suficientemente neutro para ouvir e, finalmente, obedecer”? O que precisa fazer na sua vida para cultivar a abertura à voz de Deus e a determinação para obedecer a Sua orientação?
Quarta-feira, 14 de Setembro
Auto-suficiência
Quando Eva pecou no Jardim do Éden, não foi simplesmente porque duvidou da palavra de Deus. No cerne do problema estava sua crença de que tinha sabedoria suficiente para decidir por si mesma o que era bom e certo. Ela confiou em seu próprio julgamento. Quando confiamos em nosso próprio julgamento em vez de confiar na Palavra de Deus, nos abrimos a toda sorte de problemas.
A história de Saul descreve os passos para a auto-suficiência e a tragédia que se seguiu. Samuel tinha ungido Saul como rei de Deus (1 Samuel 10:1) e deu-lhe instruções específicas (1 Samuel 10:8), mas Saul desobedeceu.
4. Leia a sequência da história em 1 Samuel 13:1-14. O que fez Saul que o levou à queda?
Três passos levaram Saul ao caminho para a auto-suficiência logo após ter sido ungido rei. Embora nenhum deles tenha sido tão mau, continham as sementes da tragédia, pois foram tomados de forma independente de Deus.
1. Saul disse: “via” – ele estava a ver a dispersão das suas tropas e a ausência de Samuel... (1 Samuel 13:11). Ele estava sob pressão e avaliou com os seus próprios olhos o que estava a acontecer.
2. Saul mudou de “via” para “eu disse” – ele declarou que os filisteus os conquistariam (1 Samuel 13:12). O que Saul viu com os seus próprios olhos moldou o que presumiu e disse sobre a situação.
3. Saul mudou de “eu disse” para “ofereci” – ele sentiu-se compelido a oferecer sacrifício (1 Samuel 13:12). O que Saul pensava moldava os seus sentimentos.
Já todos fizemos isto: confiamos na nossa própria visão humana, que nos leva a confiar no nosso próprio pensamento, que nos leva a crer nos nossos próprios sentimentos. E então agimos de acordo com eles.
Porque foi tão fácil Saul seguir o próprio julgamento, embora as instruções de Deus ainda ressoassem aos seus ouvidos? Se sabemos que somos tão frágeis e temos um conhecimento tão imperfeito, porque ainda confiamos em nós mesmos? O que podemos fazer para confiar mais no Senhor e menos nas nossas próprias percepções?
Quinta-feira, 15 de Setembro
Substitutos
A submissão à vontade de Deus é enfraquecida quando confiamos na nossa própria força. Também é possível confiar em substitutos de Deus. Algumas pessoas, quando se sentem deprimidas, compram algo que as faça felizes. Outras, quando se sentem inadequadas, buscam a fama. Algumas, quando têm dificuldades com o cônjuge, procuram outra pessoa para lhes dar intimidade e emoção.
Pode ser que estas coisas aliviem a pressão, mas não resolvem necessariamente o problema, nem nos ensinam a lidar melhor com a situação da próxima vez que surgir uma crise. Apenas a ajuda sobrenatural de Deus pode fazer isso. O problema é que muitas vezes dependemos de substitutos de Deus, e não do próprio Deus.
Veja três substitutos que podemos usar no lugar de Deus:
1. Usar a lógica humana ou a experiência passada quando precisamos de uma nova revelação divina.
2. Fugir da realidade e evitar Deus quando precisamos da comunhão com Ele para obter poder divino.
3. Bloquear os problemas da nossa mente quando precisamos de soluções divinas.
Zacarias ajuda-nos a focalizar o que é importante quando somos tentados a usar substitutos. Depois de muitos anos longe, os exilados voltaram da Babilónia e começaram a reconstruir o templo. Mas havia uma oposição incrível (Esdras 4–6). Zacarias foi a Zorobabel, líder da obra, com uma mensagem de encorajamento.
5. O que quis Deus dizer em Zacarias 4:6? A conclusão de um projeto de construção pode ser afetada pelo Espírito Santo? O que nos ensina isto sobre a relação entre o Espírito Santo e o que fazemos como rotina?
Deus não evitou a oposição à construção do templo nem poupou Zorobabel do stress de lidar com isso. O Senhor nem sempre nos protegerá da oposição. Mas, quando ela surgir, Deus pode usá-la como cadinho para nos ensinar a depender Dele.
Quando o stress chega, qual é a sua reação? Comer? Ver TV? Orar? Submeter-se a Deus? O que diz a sua resposta sobre aquilo que precisa aprender ou mudar?
Sexta-feira, 16 de Setembro
Estudo adicional
Textos do Espirito de Profecia: “Eli e seus filhos,” p. 422 e “A presunção de Saul,” p. 455 em Patriarcas e Profetas.
A submissão à vontade de Deus ocorre quando morremos para nossos desejos. Isso abre o caminho para o serviço aos outros. Não podemos viver para Deus sem nos tornar um sacrifício e sem viver abertos à voz divina. Para submeter nossa vontade à vontade do Pai, devemos ver os perigos de confiar em nós mesmos e em substitutos da Palavra e do poder de Deus. A submissão à vontade divina é o cerne da vida cristã. Por isso, o Senhor pode permitir que os crisóis nos ensinem a depender Dele.
“A negligência de Eli é claramente apresentada diante de todo o pai e mãe da Terra. Como resultado de seu afeto não santificado e de sua má vontade em cumprir um dever desagradável, fez uma colheita de iniquidade em seus filhos perversos. Tanto o pai, que permitiu a impiedade, como os filhos, que a praticaram, eram culpados diante de Deus, e Ele não aceitaria oferta nem sacrifício por sua transgressão” Orientação da Criança, p. 175
Perguntas para consideração:
1. Jesus dispôs-Se a vir à Terra para morrer por nós. O que nos diz isto sobre abnegação? Embora não possamos fazer o que Jesus fez, o princípio é o mesmo para nós. De que forma podemos, na nossa esfera, imitar o sacrifício de Jesus na cruz?
2. Para alguns, submeter-se a Deus sem saber o futuro é assustador. Como podemos aconselhar os que confiam em si mesmos e não em Deus? O que diria para remover este medo?
3. Ore por pessoas que têm dificuldade em submeter-se à vontade divina, para que vejam que confiar na vontade de Deus é o caminho para a paz. O que pode fazer para ajudá-las a ver que render-se a Deus é a melhor escolha?